Passo ao primeiro ponto do sumário desta série.
1. Os ângulos por que vemos Samora. Cada um de nós tem uma personalidade, uma identidade ao longo da vida. Essa personalidade é composta por várias dimensões. Mas para os que nos rodeiam, especialmente para os que connosco convivem ou que nos conhecem, regra geral uma dessas dimensões é absolutizada, é tomada como referencial único ou determinante, deixando na penumbra as outras dimensões. Isso é especialmente marcante quando a morte sobrevem e a ela se junta o estatuto de herói. Assim, por exemplo, para uns Samora foi um grande estratega militar que venceu o exército colonial, para outros foi um presidente que nos fazia ter orgulho no país, para outros, ainda, foi simplesmente o artífice de uma ditadura. No que me concerne, não vou discutir a validade dessas unidades identitárias. O que desejo fazer é apresentar algumas linhas da teoria de conhecimento de Samora, algumas linhas da concepção de história de Samora, algumas linhas da sua visão da vida e do futuro.
Adenda: permitam-me sugerir-vos a leitura em 15 números da minha série intitulada A cada um segundo as suas necessidades, a cada um segundo o seu Samora, aqui.
Fico esperando o ponto da teoria.
ResponderEliminarPrecisamente, centremo-nos ho HOMEM, esquecamos os rotulos e os semi-deuses. Para que no final, sejamos capazes de aferir se Samora foi um Homem de Ideais, ou preso a Ideais.
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