Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
11 setembro 2011
Sem medalha
2 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
PARABENS A SELECCAO FEMININA DE BASQUET AO MENOS ESQUECEMOS DE MUITA COISA POR ALGUNS DIAS VALEU CONTINUEM ASSIM SOUBERAM NOS REPRESENTTAR BEM HAJA
ResponderEliminarPS. SERIA SALUTAR QUE CONTINUASSEM COM A EQUIPA TECNICA E SE POSSIVEL REFORCAREM NA COM UM PSICOLOGO
MÁRIO LITHURI
Em jeito de balanco (porque sempre me interessei por desporto) devo dizer que Mocambique em femininos bateu-se com galhardia, esgotando TODOS os argumentos que tinha.
ResponderEliminarPorque, Mocambique, mesmo para o contexto africano, e uma equipa com estatura media-baixa para o Basquetebol. E sempre foi assim. No entanto, no passado, pode conquistar alguns titulos. E por que? Porque as equipas mocambicanas (masculinos e femininos) caracterizavam-se por:
1- Defesa zona pressionante, com variacoes de um a dois bases. Varrendo o ataque adversario que, caso nao tivesse tecnica individual apurada cometia faltas ou perdia bolas;
2- Alto indice de conversao dos 6,25 m (3 pontos) e nos lances livres (1 ponto);
3- Contra-ataques rapidos e venenosos, com alto indice de conversao (2 pontos) e muitas vezes com faltas (1 - 2 lances livre e/ou com reposicao de bola);
4- A falta de envergadura fisica era compensada pela grande resistencia dos jogadores;
5- Tecnica individual acima da media de jogadores na posicao de base e/ou extremos. Os postes eram baixos e toscos. So se dedicavam aos ressaltos (defensivos, para iniciar o contra-ataque; ofensivos, para reiniciar o carrossel de ataque a tabela adversaria). Aprendiam tambem a defender a zona e homem-a-homem, jogadores de estatura muito mais alta. Nao era um jogo bonito, mas estava perfeitamente adaptado as nossas necessidades anatomicas e tecnicas. Em 1984, o tecnico americano, Chuck Skauskang(???), fez algumas demonstracoes publicas de como isso era feito, com ele proprio (media 1.75 coisa e tal) a defender o Belmiro Simango eficientemente (http://www.maxaquene.co.mz/article.php3?id_article=6). Quebrando o mito do JOGADOR ALTO.
Ora, nos tempos recentes, verificou-se que anatomicamente, os jogadores mocambicanos cresceram em media alguns centimetros e tornaram-se mais pesados e com maior poder de impulsao. E com isso, alguns comecaram a pensar que jogavam como os astros na NBA...Contudo, a obsessao pelo HOMEM/MULHER ALTOS E FORTES tornou-nos mais lentos, pesados e menos resistentes. E foi justamente o que aconteceu com esta seleccao feminina e o que ira certamente suceder com os masculinos. A medida que o torneio foi caminhando para o final, os indices fisicos quebraram e sem o efeito surpresa inicial, passaram a jogar como as demais seleccoes candidatas ao titulo, muito mais altas e rotinadas aquele estilo de jogo. Angola, foi uma agradavel surpresa e mostrou qualidades, mas pelas mesmas razoes baqueou frente ao Senegal, uma seleccao minimalista, mas que mostrou determinacao, organizacao tactica, eficiencia na conversao de lances e defesa pressionante. Ao fim ao cabo, o estilo "Mocambicano" de jogar dos anos 80-90 que tantas alegrias nos deu.
Concordo com o recurso a um Psicologo,sobretudo, quando Mocambique nao conheceu o sabor da derrota na primeira fase do torneio, com vitorias suadas, algumas tangenciais. Possivelmente, ficamos convencidos que as MENINAS eram invenciveis! Mas nao sao...
Portanto, ha que recuperar o nosso velho estilo de jogo, se quisermos chegar la!