Escrevi anteriormente que a ocupação militar iniciada na segunda metade do século XIX teve uma íntima ligação com a transformação das chefias rurais locais em chefias ao serviço do colonialismo, num leque que ia dos pequenos decanos linhageiros aos príncipes territoriais.
Segundo os documentos coloniais, uma parte significativa dos dirigentes locais foi substituída ora por colaboradores ora por cipaios. Dos que se opuseram, uns foram mortos, outros exilados. Porém, ainda que de forma não sistemática, alguns dos opositores foram mantidos e conduzidos à colaboração.
Por outras palavras, o sistema colonial interferiu nas regras sucessórias locais, alterando-as a seu favor, num processo que iria prosseguir a partir dos anos 30 do século passado.
Continuo mais tarde.
E hoje procedemos de forma diferente?
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