Outros elos pessoais

30 agosto 2011

O novo colonialismo

No últimos anos, grupos de investimento, fundos soberanos de países ricos e empresas do agronegócio iniciaram uma verdadeira corrida às terras do planeta, negociando o arrendamento ou a compra de milhões de acres de terras agrícolas em África e na América do Sul. O jornalista Stefano Liberti desvenda essa nova forma de colonialismo. Confira o resumo aqui. Para traduzir, aqui.
Observação: penso que teremos de retomar a epistemologia samoriana para sabermos o que está a suceder, mesmo entre nós, à sombra do doce qualificativo desenvolvimento.

2 comentários:

  1. Mais uma razão para eu gostar da ditadura samoriana, podia ter alguns defeitos - e tinha - mas era o povo é que comandava a barca. Nos comícios o povo ordenava e o governo cumpria!!! Hoje, nem povo nem ninguém comanda a barca, ou seja, a barca é comandada por um piloto automático. É a minha maneira de ver as coisas.

    O que vejo são mascastes preocupados com o negócio, no enriquecimento individual. As denúncias já vem do tempo da independência pelo paladino Machel. Basta escutarmos excertos dos seus discursos na Rádio Moçambique - Antena Nacional, está tudo lá.

    "Não basta que seja pura e justa a nossa causa é necessário que a pureza e a justiça existam dentro de nós." Rebelava Jorge Rebelo nos tempos da luta armada.

    E ele, Rebelo, perguntou-me: "E você concorda comigo, com o meu poemento?" Claro, concordo consigo Dr. Rebelo... "Alto aí, não sou doutor de coisa nenhuma, chama-me apenas por camarada ou Rebelo simplesmente, pois é o que na verdade sou"....

    Entretanto, porque tinha que o chamar de qualquer jeito, insisti no "Dr. Jorge Rebelo", visto que não sou "camarada"... e Rebelo, com um olhar meigo, entendeu o meu dilema e sorriu... Bem, era só para recordar um episódio dos vários momentos que estive com este Homem. Na verdade, era para enfatizar o seu poemento, não basta que seja pura e justa a nossa causa.... Esta frase diz muita coisa.

    O novo colonialismo não vem de fora, nasce de dentro dos países africanos, das dinastia dos "propalados libertadores das pátrias", vem daqueles que dizem que "mataram" a sua juventude para libertarem os seus países e que hoje, custe o que custar, querem algumas parcelas da riqueza desses países. Isto dispensa estudo universitário, é a realidade africana.

    Chamam as ONGs para os ajudarem a reinar, enquanto isso os povos vive com chupa chupa envenenado (ao esquecimento e a pobreza). Que orfandade!!!

    Já dizia o poeta moçambicano no anonimato "Devemos deixar de depositar confianças nas ONGs, quando, na verdade, elas são, apenas, como diz o grande Professor Yussuf Adam, "Messias modernos a busca de novos Lázaros". São novos neocolonialistas. O colonialismo não desaparece, facilmente, só muda de forma."

    Bom dia e zicomo

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