Outros elos pessoais

27 agosto 2011

Dossier a entrar



9 comentários:

  1. Se o ministro disse isso, é caso para não entender. Não chumbar é emitir sinal de competência? Demagogia.

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  2. No meu convencimento, susceptível ao erro visto que estou fora do país há um par de anos, duas fundamentais áreas continuam a prestar um mau serviço ao país: a Educação e a Agricultura.

    Com a nomeação do Dr. Zeferino Martins ao cargo de Ministro da Educação (não se trata aqui de nenhuma acusação pessoal contra o ministro, até porque não o conheço pessoalmente, mas sim de uma avaliação pessoal às actividades desenvolvidas pelo seu pelouro) que mais me parece que "a montanha pariu o rato" do que avanços, o qual se deseja alcançar. “O que começou mal, continuou pior, só pode acabar péssimo”. Veremos!!!

    O Ministério da Educação não compreende que o problema, o sucesso da educação em qualquer parte do mundo (foi assim desde os primórdios) está ligado há dois factores: condições de vida socioeconómicas dos estudantes e as condições educacionais (aqui me refiro a toda a conjuntura que envolve a educação como um processo de ensino e aprendizagem). Com fome não há resultados, com baixos salários também, a menos que esses resultados sejam NEGATIVOS.

    Uma estatística não negligenciada pode demonstrar que a maior parte dos nossos estudantes não sabe ler nem escrever, não sabe emitir opinião própria, não é capaz de assimilar a matéria, porque, por um lado, o sistema em si é susceptível à imitação e a ociosidade mental.

    Os que conseguem escapar desse lamaçal praticam a verborreia e exigem que sejam chamados de académicos; por outro lado, a política do governo prioriza os sectores que garante a permanência no poder do governo do dia ao invés de dinamizar a classe dos professores que é uma das mais sacrificada de todas. Convido aqui aos meus pares para irem a Macanga, Chifunde, Mágoe, Mugovolas, Namitil, Maganja da Costa, etc., para pulsar as condições de vida dos nossos estudantes e professores. "Isto de Escola não são as paredes, são os professores, os estudantes, os profissionais do sector, etc).

    Na esteira do meu convencimento, penso que o problema maior não está na passagem automática, mas sim na forma automática como as decisões são tomadas em prejuízo da sociedade. No nosso país os referendos, as consultas públicas são sinónimos de avaliação do governo, por isso, até que me prove o contrário, avaliando pelos caminhos que percorremos, mais parece que o governo está satisfeito em produzir mais diplomados do que a qualidade de ensino em si, fugindo com a seringa....

    Já dizia e com justa razão o poeta moçambicano no anonimato “desde que apareceram as máquinas para produzir certificados e diplomas a sociedade Moçambicana entrou em jejum em relação à qualidade”.

    Em todos os sectores, o SOS é visível. Mais pior de todos é o sector do ensino primário cujos estudantes na sua maioria não são capazes de dizer o nome das 11 províncias do país, nem de as localizar geograficamente.

    Aqui, devo concordar com o Professor José Hermano Saraiva quando dizia, numa entrevista que deu à rádio TSF, que ao Estado tanto custa ensinar bem ou mal, a diferença é que ensinar mal sai muito mais caro, têm custos. Uma sociedade é como um prédio, constrói-se a partir de uma alicerces, a prioridade, o investimento maciço, a grande massa de bem deve ser investida no ensino primário. O superior é já, enfim, o remate do prédio.

    Em resumo, face às situações que evoquei acima, sou CONTRA as passagens automáticas ou semi-automáticas.

    Ao ministro Zeferino Martins, para não ficar na História como mais uma estatística dos ministros que passam pelo pelouro sem terem conseguido salvar a Pátria Amada do analfabetismo e do atraso científico em relação a outros países, fica a seguinte mensagem “o que fica para a História não é o fortuito; são as decisões, é o que acontece.” E estas, caro ministro, atreve-mo eu de dizer, estão a ser mal tomadas.

    Zicomo

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  3. Errar e humano. Insistir no erro, e estupidez...

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  4. Oh, senhor Ministro,

    ... para poupar na construção de escolas, cadeiras, formação de professores, etc., etc.,

    ... porque não optar pela simples inscrição no início do ano, com direito a certificado no fim do ano lectivo, sem essa maçada de ter que frequentar?

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  5. Eu acho que o MInistro da Educação disse uma grande verdade. Chumbar NÃO melhora a qualidade, muito pelo contrario.

    Os paises que insistem na reprovação só têm fracassado. Olhemos para a Europa (Sul e Norte) e vejamos quem vai pela via da reprovação. Olhemos para Africa (anglofona e francofona e lusofona) e vejamos quem anda pelo rumo da reprovação e podemos concluir que a reprovação não é um método de aprendizagem, mas sim uma maneira de assustar os pobres alunos. Portanto a questão não esta em se os alunos reprovam ou não, mas sim se aprendem ou não.

    Agora o que tem que ser feito é mais trabalho, por objectivos ou melhor por resultados. E todos devem ser envolvidos para que o problema da qualidade de ensino seja resolvido. A base é o inicio!
    Mais trabalho também implica mais investimento, menos demagogia e menos politica no ensino.
    Uma das coisas que se deveria fazer já era uma prova aos professores do ensino primário (leitura escrita e aritmética) para identificar as suas lacunas e dar-lhes o apoio que necessitem. Acho que os professores seriam os primeiros a chumbar. Depois é necessario também melhorar a direcção das escolas. Há escolas bem sujas, sem direcção, onde os directores só pensam em "usar" para o seu beneficio o apoio financeiro que recebem do Governo. E não há responsabilização. (aliás neste pais não há responsabilização de NADA!) Há que auditar as escolas primárias.

    Há que exigir mais contas aos directores de escolas, em tudo, não só no dinheiro, há que exigir resultados. Também é preciso ensinar como se pode chegar a resultados, mesmo nas condições mais adversas. E isso se pode fazer. Enfim... muito trabalho há que fazer para melhorar e as melhorias nao virao de um dia para o outro.

    Não é reprovando que chegaremos lá... mas também não é obrigando as pessoas a fazerem coisas que não sabem fazer que vamos chegar lá. Se os professores não sabem ensinar, os alunos não vão aprender, com ou sem passagens automaticas, semi-automáticas ou por ciclos de aprendizagem ou mesmo por qualquer outro sistema de avaliação.

    Cpts,
    ML

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  6. Se a ideia 'e enviar uma mensagem de competencia dos Mocambicanos, entao nao pode ser so a educacao primaria que deve enviar essa mensagem,

    Acho que o primeiro passo seria definir se queremos emitir sinais de competência ou queremos mesmo ser competentes...

    1- Pra Competência.
    Provavelmente defenirmos melhor a competencia e avancarmos pra competencia em todas as areas possiveis,

    2- Emitir mensagem de competência.
    Deveria estar sob "tutela" do Gabinete de Imagem e Identidade de Moçambique, que por sua vez deveria estar "incorporado" no Centro de Estudos Africanos da UEM, por forma que a Imagem e Identidade de Moçambique pudesse efectivamente ser trabalhada e com ela o Pais se mostrasse ao mundo, duma forma mais Positiva e Competente.

    O resto deixo para os competentes na área de Educação, pois a minha contribuição se limita a área de Imagem apenas, e o contributo para o Meu Moçambique, esta dado.

    Tao Boa sensação de "Dever Cumprido" que eu sinto Hoje.

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  7. Precisamos de parar e pensar. Tenho vergonha quando algumas pessoas talves movidas por algum odio perdem a logica de analisar as coisas de forma cientifica. "Ninguem sabe a causa da fraca qualidade de aprendizagem das criancas". Mas, e tentador julgar que a fraca qualidade de aprendizagem tal como a vemos, e igual ao mau sistema de saude e a baixa producao agricola. Mas nao existem passagems automaticas na saude e na agricultura. Pense bem, Muna. Usemos pensamento cientifico bem e neste aspecto estou interessado a colaborar e o professor vai nos ajudar. Tenho a certeza.

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  8. Caro Sr Heyden

    "Vezes há em que calar é mentir"[Miguel de Unamuno]

    O dever obriga-me a discordar. Havendo passagem automática no ensino primário HÁ passagem automática para tudo. Para a agricultura, para a sáude, para os negócios, para a política, para educação...,sim, para tudo. É todo o tecido social que nasce apodrecido.
    E não é que eu seja contra as passagens automáticas, Sr Heyden. Sou contra qualquer passagem, automática ou 'manual', quando não existe mérito, i.e., conhecimento atribuível àquele nível de ensino no universo em que se aplique a metodologia.( O Universo Moçambique não é só Maputo, Beira e Nampula. Inclui Chifunde, Funhalouro, Maconha, Chigodora só para falar das proximidades das estradas nacionais)
    Quanto a mim o núcleo do problema está na qualidade de professores.
    ...e talvez dos sapos que os ministros têm de engolir para vir a público dizer estas enormidades. Só uma imposição pode sustentar tanta barbariedade de uma pessoa lúcida.
    PS "eu sou eu mais a minha circuntância" Quem escreveu isto?

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