Um pouco mais da série, com mais algumas hipóteses.
Prossigo no sexto número do sumário, a saber: o conflito enquanto campo de socialização política, tendo em conta a primeira das três preposições indicadas no número anterior, a saber: quanto mais intenso for o conflito político, mais intensa é a busca de coesão interna nos partidos.
Um partido que controla o Estado tem uma evidente superioridade sobre os adversários. O elemento fundamental dessa superioridade reside na possibilidade de poder distribuir e redistribuir recursos de poder (por exemplo, postos governamentais). Por outras palavras, o partido no poder pode assegurar redes clientelistas a todo o momento. Cada membro, cada beneficiado é um potencial ampliador dessas redes através da família, dos amigos, dos vizinhos, dos subordinados, etc.
Mas não só.
Prossigo mais tarde. Sobre Clausewitz, confira aqui.
Adenda às 8:36: na versão digital do "Canal de Moçambique" de hoje e sob o embrulho de um discurso extremamente castrense, belicoso - como se de um Marte moçambicano -, o Sr. Dhlakama aparece claramente a exigir partilha imediata de recursos de poder, independentemente de eleições. Aqui.
Excelente post. Mas esse senhor Dhlakama está a abusar, sempre a mesma linguagem, cada palavra parece um tiro de metralhadora.
ResponderEliminarSe calhar há quem não goste de ver o problema discutido nos termos de "recursos de poder".
ResponderEliminarMuita gente estava nos comicios dele aqui.
ResponderEliminarO sr Afonsinho tem com cada uma! E o povo coitado desesperado que esta acorre aos meetings do sr e infelizmente nao sai nada de geito. Que pena!
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