Outros elos pessoais

10 julho 2011

Sobre ritos de iniciação (22) (Texto de A. Katawala)

Legenda: Banho purificador, Unyago, província do Niassa
Continuidade do texto do leitor A. Katawala sobre ritos de iniciação no Niassa, dando desta maneira o seu contributo à minha série Sobre ritos de iniciação feminina à maturidade em Moçambique: "No último dia de retiro e antes de abandonar o kumbi, é este destruído. Para o interior das cabanas que formam o acampamento é atirado  o amuleto que serviu para proteger o local, as esteiras que serviram de cama e todos os outros objectos e, em seguida, é ateado fogo ao kumbi. Os jovens são depois levados para o largo da aldeia a fim de responderem ao chamamento das mães e de outros familiares, após o que pernoitam na casa do régulo da aldeia.  Na manhã seguinte, muito cedo para que ninguém os veja, são levados ao rio onde são lavados pelos padrinhos; são depois vestidos com as roupas mais lindas que houver. Os rapazes recebem óculos, gravatas, cofiós, relógios, uma bengala, um guarda-chuva e uma escova de dentes; as raparias recebem colares, pulseiras, brincos, óculos e pintam as unhas com verniz."
(continua)

2 comentários:

  1. " Os rapazes recebem óculos, gravatas, cofiós, relógios, uma bengala, um guarda-chuva e uma escova de dentes; as raparias recebem colares, pulseiras, brincos, óculos e pintam as unhas com verniz."

    > Não tarda a que as oferendas incluam Celulares e outros bens mais sofisticados dos nossos dias citadinos.
    >E prova também a facilidade das populações rurais aderirem (assimilarem) novas realidades.
    > Prova ainda que tem razão quem refere que "as tradições, já não são o que eram": estamos, na cidade e no campo, em constante evolução.

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