Observação: a ausência de visibilidade de conflitos no prisma estatístico não só não significa que eles não existam, como pode ser o indicador da gestação de conflitos a outros níveis. Mas o mais importante a considerar reside na crença politizada de que os trabalhadores moçambicanos aceitam as condições de exploração desenfreada a que muitas vezes estão sujeitos ("povo pacífico" é um dos eufemismos). Não seria desinteressante estudar as causas dessa crença.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
29 julho 2011
Sobre causas
Observação: a ausência de visibilidade de conflitos no prisma estatístico não só não significa que eles não existam, como pode ser o indicador da gestação de conflitos a outros níveis. Mas o mais importante a considerar reside na crença politizada de que os trabalhadores moçambicanos aceitam as condições de exploração desenfreada a que muitas vezes estão sujeitos ("povo pacífico" é um dos eufemismos). Não seria desinteressante estudar as causas dessa crença.
4 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
De vez em quando o Noticias desce às bases...
ResponderEliminarSe calhar não seria má ideia saber quantos calorias consomem em média os trabalhadores.
ResponderEliminarSe calhar, nao fazem greve porque chegaram a conclusao que nada do que reivindicam e levado a serio pelos patroes, sindicatos e o proprio Governo. Provavelmente, comecem a aceitar a ideia que Dhlakama, com o seu discurso truculento e a maneira mais correcta de fazerem tabua rasa das suas frustracoes laborais.
ResponderEliminarAtente-se tambem, ao resultado de duas grandes manifestacoes laborais havidas no pais. Uma no estadio Nacional. Outra, na G4S. Todas com tiros, mortes, feridos e bastonadas. E muitos rotulos para colorir os trabalhadores nelas envolvidos.
Ate um burro cansa-se de levar pancada!
"Morto o cão acaba-se a raiva"
ResponderEliminarA diminuição do emprego formal fora da função pública (cujo sindicato está a ser formatado pelas entidades competentes) pode explicar a diminuição das greves.
De facto, tudo isso associado ao zelo da polícia rápida e da lenta que também mata e muito,é fortemente dissuasor.
(Até no futebol já puxa pelo gás lacrimogénio, vai-se lá imaginar que argumentos detém para responder a uma greve, sobretudo depois das fragilidades de 1 e 2 de Setembro)
Quer assaltar um local guarnecido pela G4S? Acerque-se do homem com calma e segrede-lhe que é chegado a um boss da Intervênção.Verá o efeito.