Outros elos pessoais

29 julho 2011

Do editorial do "Savana" de 29/07/2011

"(...) depois do Ministro da Saúde, Alexandre Manguele, ter vindo a público admitir que o SNS estava a sofrer de uma intensa hemorragia de pessoal médico devido às más condições de trabalho e de remuneração, eis que surge a revelação de que todo o sector da saúde em Moçambique poderá entrar em colapso caso não seja feita uma injecção financeira de emergência na ordem dos 25 milhões de dólares para a aquisição de medicamentos essenciais que se encontram numa situação de ruptura. (...) A crise que agora atinge o seu apogeu no sector da saúde é resultado da combinação de políticas populistas que vinham sendo implementadas na área desde 2005, por um lado, e por outro, de uma atitude geral do governo que resulta na não atribuição de recursos adequados para a saúde, em conformidade com compromissos internacionais assumidos pelo governo de Moçambique. (...) Este é um quadro que entra em contraste marcante com o discurso oficial de combate à pobreza, particularmente quando analizado à luz de despesas supérfluas que o Estado tem estado a fazer, tantas que não cabem neste espaço."

5 comentários:

  1. Ambiente no mínimo grave. Qual a % orçamental alocada à Saúde?

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  2. http://opais.sapo.mz/index.php/economia/38-economia/14929-a-nossa-saude-nao-vai-bem.html
    (estetoscópio)

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  3. Somos um país de INCONGRUÊNCIAS!

    1.Temos lindos indicadores macroeconómicos;

    2. Temos reservas internacionais acima de 2 mil milhões de dólares, MAS,

    3. Temos mais de um milhão de crianças sem carteira e/ou sala de aulas

    4. Temos mais de 50% da população sem acesso a água potável;

    5. Temos cerca de 50% da população a viver com menos de 1 dolar dia;

    6. Temos um orçamento de Estado a viver, na ordem dos 50%, de donativos e empréstimos concessionais;

    7. Desse Orçamento com forte participação dos Parceiros/Doadores destinávamos á Saúde 14% em 2006, e progressivamente temos vindo a reduzir até aos actuais cerca de 7%.

    > Claro que, depois de sistemáticos advertências, sobre a falta de transparência na aplicação dos recursos e da necessidade de uma maior comparticipação das receitas do Estado para a saúde ...os Parceiros/ doadores começam a não ter paciência para continuarem a assistir a “luxos a que os países pobres se podem dar, mas a que os países ricos se não dão … porque tem de fazer contas!" e,

    7. Chega de esbanjamento … chega também da utopia socialista de olhar para o Médico e pessoal para-médico em geral, como missionários: têm direito ao bem estar, a salários e regalias condignas.

    8. Racionalidade, Austeridade, Seriedade e bom senso: precisam-se!

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  4. Concordo com o meu homonimo... Mas queria dizer que temos mais de metade das crianças na escola sem carteiras... Mas tambem temos progressos. Estamos a fragilizar a pobreza... de alguns é claro... Entao nao temos as presidencias (da 1a Dama) e os PRESEDENCIOS (do primeiro Damo), nao temos os 7 milhoes, que ninguem sabe bem para que servem? Nao temos os lindos carros dos Deputados... E finalmente temos um maravilhoso e pacifico povo a assistir a tudo isto... Enfim... é uma questao de prioridades...
    Se o Governo quiser deixar de chorar... pode fazê-lo e já. É so ir buscar os fundos por estas vias e começar a lutar contra os corruptos. Pelo menos diminuiria esta pedincite aguda. Ou aplicamos a portaria aprovada em Lichinga e multamos a quem der dinheiro ao Governo... risos.

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  5. Ja agora... essa auditoria é do periodo de 2009. Lembrar que nessa altura nao estava o actual Ministro Manguele... Por isso podemos dizer que ele nao tem muito que ver com as coisas que agora se levantam...
    O mesmo dizer com a questao dos medicos. A agressividade do anterior Ministro esta a cobrar os seus frutos agora...
    Tambem o governo pode ir buscar mais dinheiro nos projectos das multinacionais e sobretudo as mineiras que andam por ai a poluir o meio ambiente e pior ainda as aguas... dentro de pouco pediremos mais medicamentos para as curas que iremos precisar... sera que valem a pena? quem sabe para os seus serventes que sao muitas vezes os nossos chefes...

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