Outros elos pessoais

16 junho 2011

A cesta não é básica

Estive há momentos, durante alguns minutos, atento a uma estação televisiva nacional que, com grande alarido, no seu noticiário das 20 horas, teve como manchete a cesta básica (recorde aqui e aqui). A grande novidade, agora, é saber que, afinal - nas palavras de um governante -, o país está estável  e por isso não precisa da cesta. Só falta saber por que em Março o governo a introduziu. Recorde, neste diário, aqui.

3 comentários:

  1. De: "O País online"

    "O primeiro-ministro, Aires Ali, disse ontem, em Nampula, que o país está estável e não há pertinência para a introdução da cesta básica.

    De igual forma, Ali não se referiu a nenhum preparativo para acolher a cesta básica, tendo dito que o Governo está a gerir a situação em função da evolução dos preços no mercado internacional."

    “Nós vamos analisar a realidade em função da situação. Se o preço do combustível disparar amanhã, vamos tomar outras medidas. Nunca dissemos que a introdução da cesta básica era um dado certo”, disse Ali."
    _____
    Documento confidencial revela contradições

    “O País” está na posse de um documento confidencial datado de 7 de Junho de 2011, elaborado por uma equipa técnica do Conselho de Ministros, onde se justifica a necessidade do adiamento da cesta básica “para permitir uma reflexão mais aprofundada sobre os seus custos, abrangência e impacto”. Mais ainda, o documento diz que a ser introduzida, a mesma sairia mais cara que o actual sistema de subsídios generalizados, nomeadamente, no pão, arroz de terceira, peixe de segunda e na farinha de trigo.

    “O actual subsídio generalizado tem um valor inferior (438 milhões de meticais) ao subsídio à cesta básica (538 milhões de meticais) para seis meses, bem como para 12 meses, 743 e 946 milhões de meticais, respectivamente”.

    “Quanto ao subsídio à cesta básica, os custos administrativos (registo dos beneficiários e despesas administrativas) totalizam 202 milhões de meticais, no período de Julho a Dezembro de 2011. No período de Julho de 2011 a Junho de 2012, estes custos totalizam 219 milhões de meticais”. Ou seja, o recenseamento iria consumir mais de metade do valor inscrito no Orçamento Rectificativo como sendo para a cesta básica!

    Curiosamente, o ministro Inroga disse, recentemente, que os preparativos para a introdução da cesta básica já estavam num nível de efectividade de 85 por cento, incluindo o recenseamento dos benefeciários."

    ResponderEliminar
  2. Numa altura que os EUA estão a beira de uma nova crise financeira, a Europa em luz pirilampo e a Grécia de "gatas" (depois de injectados nuitos milhões de euros), vem o nosso dirigente dizer que o país está estável. Está nos a chamar de estúpidos, só pode ser.

    AAS

    ResponderEliminar
  3. Conta com a umbrella da China, claro esta, eh,eh,eh (brincadeira)...

    Mas palavra de Psicologo (Aires Aly) nao e de se desprezar.

    Honestamente, eu prefiro assumir que o cenario do aumento da carga fiscal foi rechacada pela CTA! Esperava-se que os doadores de sempre colocassem ca o carcanhol. Nao o fizeram. Antes pelo contrario...

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.