Mais um pouco da série, dedicada a mostrar como, através das ideias de Hegel no seu livro oitocentista A razão na história, operou e continua a operar um certo tipo de produção ideologizada sobre África, encaixando os Africanos num molde comportamental generalizado, rígido, imutável e absolutamente desqualificante.
Como já escrevi, existe uma africanização de Hegel - neo-hegelianismo africanizado, expressão que propus -, na qual o método consiste em atribuir sinal positivo à matriz daquilo que tinha sinal negativo no colonizador em geral e em Hegel em particular.
Um historiador brilhante como Joseph Ki-Zerbo procurou mostrar que a história africana diferiu da história europeia em vários aspectos, entre os quais a ausência de propriedade privada e o refinamento das relações interpessoais.*
Prossigo mais tarde.
Como já escrevi, existe uma africanização de Hegel - neo-hegelianismo africanizado, expressão que propus -, na qual o método consiste em atribuir sinal positivo à matriz daquilo que tinha sinal negativo no colonizador em geral e em Hegel em particular.
Um historiador brilhante como Joseph Ki-Zerbo procurou mostrar que a história africana diferiu da história europeia em vários aspectos, entre os quais a ausência de propriedade privada e o refinamento das relações interpessoais.*
Prossigo mais tarde.
(continua)
*Ki-Zerbo, Joseph, Conclusão - Da natureza bruta à humanidade liberada, in Ki-Zerbo, Joseph (coord.), História Geral da África, pp.750-758;__, Histoire de l'Afrique noire, D'Hier à demain. Paris: Hatier, 1972, passim.
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