Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
01 abril 2011
Não há negócio como o da guerra
8 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Pois é. E os rebeldes, ainda com Gaddafi no poder, criaram recentemente um novo banco nacional e uma companhia de petroleo nacional. Gostaria de ouvir a reacção dos nossos analistas.
ResponderEliminarfonte: http://www.infiniteunknown.net/2011/03/30/libya-rebels-create-new-national-oil-company-and-form-a-central-bank/
http://www.thenewamerican.com/world-mainmenu-26/africa-mainmenu-27/6915-libyan-rebels-create-central-bank-oil-company
ResponderEliminarLá vem, de novo, os analistas com o mesmo sermão de sempre: quando chove diz que houve cheias, mas quando não chouve diz o contrário, que houve seca.
ResponderEliminarHá dois meses atrás o mundo todo chama Obama e, sobretudo, as Nações Unidas de cobardes por permitir que Kadhafi, LDA regassem o seu próprio povo de balas.
Obama e as Nações Unidas reagiram a tempo, mas, ao que parece, há vozes que não sabem de que lado estão na história e, pior, querem ser Pilatos... Este não deixa de ter a sua culpa, ainda que menor.
Eu sou contra a guerra, mas sendo este o único remédio para demover regimes como o de Kadhafi, LDA, mais vale perder um ditador feroz e alimentar 1000 corruptos.
Basta.
Zicomo
De facto criou-se agora uma idolatria, vamos lá dizer uma "kadafitria" que o torna abençoado e o poupa dos crimes enquanto os ocidentais são convertidos às forças do mal. Tenho dito.
ResponderEliminarAs pessoas tem que entender que o facto de ser contra o ocidente nao implica ser um aliado ou adepto de Gaddafi. O que acontece é que estamos a testemunhar um pais a ser recolonizado pelo ocidente que usa todas as tecnicas possiveis de dominacao. Alguem ja se perguntou em que consistia o No-fly-zone? Ao inves de policiarem essa zona determinada, as forcas ocidentais fazem bombardeamentos mesmo fora desse perimetro. Eles nao tem o direito de decidir o modelo de qualquer pais. Quem é capaz de dar um numero claro de quantas pessoas matou o Gaddafi? É tudo uma propaganda. Bastou os medias cantarem que Gaddafi é tirano, assassino, bárbaro, carniceiro, diabo, etc que o publico mundial segue o ritmo.
ResponderEliminarQueface,
ResponderEliminarAcho que acabaste de chegar da LUA. Ou melhor, dum outro planeta qualquer.
Só se for o dia da mentira, porque em contrário daquilo que dizes não ACREDITO. Não pode vir de um religioso para não dizer académico. Mas...
Zicomo
A criacao de um banco e a exportacao do crude sao fontes de rendimento para sustentar o esforco de guerra. Nao ha novidade. Todos movimentos armados o fazem. A UNITA fe-lo. Os rebeldes da Serra-Leoa idem. etc.
ResponderEliminarMas essencialmente, o artigo confirma o que eu vinha dizendo semanas atras. No caso da Libia, deseja-se um EMPATE e nao um vencedor. Se a no-fly zone tivesse sido ha 4 semanas, certamente, por esta altura o assunto estava ja resolvido, com Kadhaffi fora do baralho, possivelmente substituido por seu delfim dinastico, o "homem" da London School of Economics. Com o tempo, a NATO e os EUA aperceberam-se que o risco dos rebeldes no poder e maior que o de um Kadhaffi enfraquecido. E sera para ai que vai caminhar a partir de agora. E como evidencia disso, os rebeldes JA ADMITEM um cessar-fogo sem o derrube do regime.
Porque nesta historia toda nao ha herois, so ha vitimas.
E assim o nosso mundo.
Para que eles precisariam das vendas de crude se eles contam com a fiel ajuda da França, Inglaterra, EUA, EAU, Quatar, Canadá, Itália, Arábia Saudita, Nato, ...?
ResponderEliminarÉ um fenómeno único e raro na história rebeldes criarem um banco e deterem companhias petroliferas em tao pouco tempo (duas semanas)! Está claro que o que está em jogo é o petroleo, com o pretexto da ajuda humanitária. Em Darfur, havia uma crise cem vezes maior que a da Libia, mas nada se fez. Se os paises ocidentais acham justo intervir na Libia, o mesmo deve acontecer no Bairain, Yemen, Jordania, Siria, Costa do Marfim. Estes paises tem problemas similares.