Outros elos pessoais

12 abril 2011

E se as cartas fossem costa-marfinenses?

Os militares franceses foram decisivos na detenção do ex-presidente de um país estrangeiro, Laurent Gbagbo. “Ai, senhor, que coisa mais extraordinária! Como se pode ser persa?” - eis a famosa pergunta formulada nas Cartas persas do barão de Montesquieu. Criemos mais perguntas, costa-marfinizemo-las: como se pode ser costa-marfinense em França? E Laurent Gbagbo? E se fossem costa-marfinenses a entrar em Paris e a deter o presidente Nicolas Sarkozy? O que sucederia?

5 comentários:

  1. Confesso que se monsieur Gbagbo tivesse perecido num misterioso acidente de aviacao na selva africana dispensaria toda esta va filosofia...

    Se calhar, a desvantagem francesa em relacao a paises de brandos costumes, como Portugal, Italia ou Espanha e fazerem as coisas claramente e com propositos absolutamente claros. No caso, FRANCAFRIQUE que Outarra, legitimamente eleito nas urnas, e quem solicitou o envolvimento frances na batalha contra Gbagbo, sempre pugnou uma vez sendo um discipulo de Houphouet-Boigny.

    Claramente. Ninguem e de ninguem. Nem o foi jamais. Nem sovieticos, cubanos, vietnamitas, chineses ou ate alemaes do leste. E no entanto, ca os tivemos a defender a Revolucao Mocambicana. Quid Juris?

    Nao sei. Mas garanto que Gbagbo nao sera Lumumba.

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  2. De todos os casos, se alguem perde eleicoes, deve retirar-se sem fomentar violencia.

    Por isso apoio a detencao de Gbagbo, embora esteja consciente que Ouatara possa tambem ser um gangster.

    Rafael

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  3. Ora aí está um sério problema, independentemente se o Sr Gbagbo ter ou não culpas no cartório. Um sério problma mesmo.

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  4. Por um lado os nossos lideres africanos quando perdem nao querem se retirar civilizadamente do poleiro por outro lado a Uniao Africana parece um seita de compadres que na hora da verdade nada faz. Nao tomam iniciativa provavelmente para se protegerem. Tentaram inventar os governos de unidade nacional que so existem quando o compadre no poder perde as eleicoes e tudo indica ser um falhanco.

    Ha mais, quando o tirano mata seu povo todos se viram para a comunidade internacional pedindo que faca algo. Entretanto esta comunidade internacional quando se mexe vem uma chuva de criticas do tipo " ingerencia nos assuntos internos". O que e que realmente queremos? acredito que se os nosso Gbagbos fossem verdadeiros servidores dos seus povos nada disto aconteceria. Nao teriamos mortes de inocentes muito menos comunidade internacional a prender tiranos

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  5. Bem colocado sr. Anonimo. O que e que NOS queremos?!

    Eu sei o que quero. V.Excia, aparentemente sim. E os intelectuais do Governo, querem o que?

    Eis a questao.

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