Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
07 março 2011
Prismas
8 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Na guerra do deserto, este tipo de comunicado e muito comum. Porque na guerra do deserto, ganha quem tiver maior mobilidade. E nesse particular, tem-na Kadhaffi e suas forcas. Bem entendido, a guerra no deserto e equivalente a uma batalha naval, onde os carros de combate sao os navios e as cidades ilhas fortificadas. Esta interpretacao estrategica da guerra foi uma inovacao alema na 2a Guerra Mundial - por sinal no mesmo local - feita por Erwin Rommel. Com efeito, com apenas 30.000 homens mecanizados e blindados, Rommel empurrou os britanicos ate 100km proximo de Alexandria (Egipto). Perdeu a guerra quando a sua forca aerea foi derrotada no meditarraneo o que lhe cortou as linhas de abastecimento. Pelo que pude apreciar, Kadhaffi detem o maior e melhor espolio de blindados, logo, tem vantagem. E se acrescermos ataques cirurgicos da forca aerea, a vantagem sera ainda maior. Nao vislumbro, dentre os rebeldes, algum Erwin Rommel libio...
ResponderEliminarA menos que esse surja repentinamente vindo de algum porta-avioes da NATO. Pouco provavel, ja que, tanto a Europa, quanto a Liga Arabe, preferem Kadhaffi aos rebeldes.
De facto, o que conta numa guerra é a propaganda.
ResponderEliminarZicomo
Entretanto, obama solicitou ao rei da Arabia Saudita que apoiasse militarmente os rebeldes libios de acordo com um artigo publicado no Independent.
ResponderEliminarhttp://www.independent.co.uk/news/world/middle-east/americas-secret-plan-to-arm-libyas-rebels-2234227.html
Este Queface? Meu Deus.
ResponderEliminarZicomo
Viriato, tal como tu, sou contra regimes dictatoriais. Mas uma coisa certa é que os ocidentais nunca estiveram do nosso lado. A historia é testemunha disso. Sempre fomos marginalisados e colocados no segundo plano. Hoje eles vem e dizem-nos como devemos ser e agir. Temo que o que aconteceu com o Iraque e Afeganistao aconteca com os paises africanos: colonizados. O professor Serra colocou um texto que reflete em parte o que estou a tentar dizer: "Ideologia e dominacao social". Tudo que sabemos sobre os acontecimentos na Libia é através dos mídias. Há que tambem colocar um ponto de interrogacao nas noticias que nos sao trazidas. Mas sublinho novamente, nao apoio regimes ditatoriais
ResponderEliminarMas quem e que ja esteve alguma vez do lado dos africanos? Os orientais? Os centrais? Os setentrionais? Ou os meridionais?Parece-me que nunca ninguem afinal. Entao, por que clamam tanto por ajuda externa os africanos quando decidem tomar as suas decisoes?!
ResponderEliminarEis as questoes.
Ninguem ja esteve do nosso lado, e as ajudas externas nao sao exactamente "ajudas" no verdadeiro sentido da palavra. Nos temos que estender as maos e nos centralizarmo-nos nos nossos problemas e tentar criar solucoes por nos mesmos. Talvez ai os restantes blocos mundias paravam de se interferir nos nossos assuntos.
ResponderEliminarEntao agora fico pensativo,
ResponderEliminarAfinal o que 'e nos impede de procurarmos solucoes pra nos proprios ?
Porque nao conseguimos de facto, sentarmo-nos numa mesa e cordialmente resolvermos os nossos problemas ?
Porque tivemos que andar a "pancadaria" e continuamente entrarmos numa de "fazer desaparecer" pessoas ?
Porque nao, civilizadamente estabelecermos "parametros de entendimento", regras de conduta, pra vivermos em harmonia, com entre-ajuda, boa educacao, e felicidade para todos, sem "esmolar" ?
Onde esta a dificuldade ?
Porque quando entre nos, nos queremos ajudar, somos tratados como se de inimigos se tratasse ?