Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
25 março 2011
1 comentário:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Eu nutro especial admiração por Chomsky, sobretudo pelos magistrais trabalhos na Ciência da Linguagem (Robótica) e Psicologia. Agora, julgo perceber, mostra-nos a faceta de um Sociólogo de fino recorte.
ResponderEliminarEnfim, um iluminado, coisa rara na actualidade.
Mas ele escreve isto : "A barreiras externas são claras. Os EUA e os seus aliados não conseguem tolerar uma democracia que funcione no mundo árabe...". E eu concluo. Em todo o mundo é assim, com excepção de alguns Estados americanos e europeus. Porque, mesmo em Portugal, para lá se caminha a todo o vapor.
Depois de ter visto a CAMPANHA MEDIÁTICA do medo da media e políticos portugueses sobre o famigerado PEC IV, julgo que Chomsky deveria é dar uma palestra aos deputados daquele país. Ou no mínimo, participar no debate Prós e Contras da RTP. Porque o retrato que traça da actualidade nos EUA corresponde milimetricamente ao projecto que Sócrates a mando de Berlim, tentou impôr aos portugueses. Mas revela também que se calhar, a classe trabalhadora mundial, domesticada pelo consumismo das novas tecnologias e correntes sociais, anda muito permissiva e comodista. Mas é tempo de arrepiar caminho e derrubar o sistema se necessário for, doutro modo, ela será fagocitada. E a explicação desta inércia talvez se encontre nos cinco filtros da Teoria da Propaganda de Chosmky e Herman.
Sobre o sucedido em Portugal, fiquei atónito ontem, quando ao PS, Governo Português e UE foi dado o espaço integral em toda a imprensa portuguesa sem direito a contraditório. Nunca, depois do PREC, eu havia visto coisa igual. Dizendo que os portugueses ("gastadores irresponsáveis" como os seus pares dos EUA) tinham sido atrevidos por não ouvirem a Europa. Até ví títulos como "Merkel Zangada!". "Passos Coelho leva puxão de orelhas da Europa" na TV publica e privada portuguesa. Não ouvi, li ou vi ou nem sequer foi referido, o que pensavam os destinatários das ferozes críticas da sra. Merkel e a UE a seu respeito, fazendo lembrar uma epoca estranha e de muito ma memoria para Europa nos anos 1914-18. Incrível. Um projecto de cidadania no espaço europeu, converteu-se na maior prova do 1984 de George Orwell.
A Big Sister é que controla e comanda a Europa.
Só que a verdade veio a tona. Afinal, tal como no sec. 15, Portugal teria de engolir sacrifícios para que o Fundo de Resgate europeu continuasse a garantir a estabilidade da Espanha. Só que, com o tsunami no Japão, o dinheiro vai ter de migrar agora para aquelas paragens, logo, não há nada para ninguém na Europa até Junho de 2011. E olhe lá!...
Por isso, até acho, conseguiu Portugal muito mais com a sua recusa, do que teria alguma vez tido se continuasse a ser bom aluno de Bruxelas. Pôs em cheque o sistema que terá de se desenvencilhar do labirinto que ele próprio criou.
Cortes na reformas esqueléticas dos lusos é a proposta de Sócrates. Aumento dos impostos de consumo é a proposta de Passos Coelho. Ou seja, ou se morre de fome. Ou se morre de doença prolongada. Eis a solução do SISTEMA que estremece por todos os lados, tentando preservar o "status-quo" que levou ao desastre de 2008 até à exaustão. Bem visto, Khadaffi perante estes fariseus sem coração (e nem rosto) de Bruxelas seria a madre Teresa de Calcutá.
Talvez se pergunte. O que é que realmente lhes preocupa? Mais valias da Bolsa? Lucros da Banca? Cortes nas leoninas parcerias público-privadas, que dão prejuízos constantes e obrigam a recapitalização constante pelo Estado? Adiamento de mega-projectos faraónicos para satisfazer o lobby do betão europeu e português? O el-dorado dos jobs for the boys & girls, para garantir a persistência da alternância PS-PSD, enfim...
Todos os especialistas da área, da esquerda à direita, são unânimes. Com apenas uma ínfima parte destas despesas, nem impostos seriam aumentados e nem sequer reformas cadavéricas seriam cortadas. Mas por que não dizem isso publicamente à sra. Merkel e à UE?
Não podem. Isso é anti-europeísmo...