Escrevi no número inaugural ser possível considerar cinco importantes riscos que espreitam os jovens cientistas sociais moçambicanos. Quais são esses riscos? Esses riscos são os seguintes: (1) o risco do amor ao conforto do gabinete, (2) o risco do amor às opiniões, (3) o risco do amor às consultorias dos temas da moda, (4) o risco do amor à ascensão política e (5) o risco da vaidade paroquial.
Permitam-me passar ao último risco, no penúltimo número desta série, sempre operando com hipóteses. Qual é o último risco que espreita os jovens cientistas sociais moçambicanos? O último risco que os espreita - voraz, permanente, fagocitante - é o da vaidade paroquial, a vaidade de mandarim, a vaidade que pode não caber não digo no sumptuoso cartão de visitas Master ou PhD, mas neles-próprios, ufanos do título alcançado, desejosos de singrar, gloriosos com o estatuto de sábios auto-proclamados acima do lamentável senso-comum da plebe, esgrimindo uma imponente auto-afirmada neutralidade positivista, elite fechada na torre de marfim académica.
Prossigo brevemente.
Lá isso é, há por aí vários até parecem pavões.
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