Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
25 março 2011
9 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Agora que Portugal se prepara para ir de novo a votos é bom recordar que desde a instituição da Democracia ali,o Povo português tem usado a arma da Alternancia Governativa com frequência para substituir as pessoas e os partidos no poder.
ResponderEliminarInfelizmente esta Alternancia tem sido sempre entre apenas os dois grandes clubes (PS e PSD) com os pequenos (CDS, PCP e BE) a espreitarem oportunidades menores para entrar em campo. E porque em nenhuma equipa se reconhecem jogadores de grande mérito, a popular escolha faz-se normalmente pelo clientelismo para aqueles que militam no partido A, B ou C, o mal menor para os vingativos e deserdados do bolo, ou simplesmente para mudar as moscas para os que ainda alimentam alguma esperança de mudança. Em Portugal, tal como em muitos países do mundo, os verdadeiros craques que poderiam fazer a diferença num Governo competente, jogam no estrangeiro onde vendem o seu conhecimento a peso de ouro, ou fogem da politica interna como o diabo foge da cruz, dedicando-se a privadas actividades.
Esta atitude de indiferença politica que se estende transversalmente a toda a sociedade é efectivamente um dos handicaps da Democracia e falseia de forma clara o objectivo final que será sempre eleger os mais competentes.
Em Portugal este facto vai mais uma vêz ser confirmado quando dentro de alguns meses se realizarem eleições. Os candidatos vão ser por certo as caras habituais e o Povo cansado de tanta demagogia, incapacidade e até desonestidade vai passar ao lado do acto eleitoral abstendo-se maioritáriamente. O que vai dar num Governo eleito que até pode ser maioritário na AR, mas com uma minoria de votos do seu Povo.
Por cá estamos quase na mesma ou pior. Porque as alternativas ao estádio actual são a meu vêr bem complicadas. Escolher para mudar é um completo tiro no escuro. Manter a actual situação é mais do mesmo.
Conclusão: oferecem a capacidade de escolha ao Povo mas as alternativas são umas piores ou iguais que as outras. Não será tempo Professor, de se reeinventar esta coisa da Democracia?
De facto, no Portugal moderno, socialista e democratico, ha mais traidores do que cidadaos...
ResponderEliminarAinda agora acabo de ver dois debates na TV portuguesa (RTPN e TVI) onde crucificam CAVACO SILVA pelos erros da Economia. Ouvi ministros, funcionarios publicos, intelectuais. Todos afinam no mesmo diapasao. Nao tele-VI uma unica opiniao contraria. Nem politicos, nem empresarios, nem comentadores, nem sequer os ratos dos esgotos da RTP. E obra. Unanimismo assim, nem na Coreia do Norte.
Ha tres dias atras, gritavam aos quatro ventos a CAVACO SILVA para afastar Socrates.
Va se la entender...
Viriato,
ResponderEliminarJa percebi o problema português,
'E igualzinho ao da Espanha, e muito parecido com o de Moçambique,
A "mao externa" esta em todo lado,
E parece igualzinha a "mao invisivel" do Adam Smith,
Hehehe
Por favor,
Vê-la quem você escolhe pra teus "próximos",
Ora você adopta o Mugabe pra pai, ora o Socrates pro idolo,
Essas coisas podem comprometer a "Imagem" das Rolas, pah...,
Hehehe
Parece tirado a papel quimico de nós. Não é que aqui há a mania de acusar os críticos dos problemas que eles os governantes criam? Uma pandemia. Tenho dito
ResponderEliminarChamuale Karim,
ResponderEliminarEstou a tentar vencer os prazos para a entrega de alguns trabalhos académicos, razão pela qual ando afastado dos blogs. Para semana, se Deus quiser, estarei em peso…
A única coisa que te posso responder é no sentido de veres as coisas para além daquilo que elas dizem.
Durante todos esses anos (até parece muitos, 30) aprendi que a política é determinada pelos actos irracionais e, portanto, raramente a política e a ética estiveram juntas, salvo quando os interesses das forças dominantes assim o quiseram.
Sou coerente na minha escolha, Mugabe e José Sócrates são os meus grandes ídolos mundiais. Só para terminar, agradecia que desses uma olha na entrevista da senhora Angel Markell, ontem, no Conselho Europeu, em Bruxelas; por outro lado, estudasses bem os discursos de Mugabe, sobretudo nos últimos 5 anos, quando o primeiro-ministro britânico era Toni Blair. Terás a resposta.
E agora pergunto: Por acaso ouves falar do Zimbabué? Será que o Mugabe voltou a ser santo? Elísio Macamo tem um texto interessante que vale a pena ler… Sobre José Sócrates, gostaria que estudasses a história política portuguesa. Eu já tinha bebido antes de cá vir estudar, quer com o Dr. Aloni quer com o Dr. Aly Aiúba, portanto, não do que vejo é novo. Quantas facadas levaram António Vitorino (um indivíduo que se compara a uma bússola mental, este não foi para além de ministro), António Guterres? etc.? Veja o brilho deles hoje. É de brandar os céus… Termino…
Zicomo
Well, well, well, Meu Caro Viriato,
ResponderEliminarVi o discurso dela, Socrates 'e mesmo "filhote" dela,
'E o Socrates, ou 'e o Socrates, ou entao 'e o Socrates,
"O coração tem razoes, que ate a própria razão desconhece"- alguém disse algo assim.
Ou, a "Mamazinha" também nao tem outra alternativa,
Fazer o que ?
Quanto a ética e a política, quando se juntarem, com certeza o mundo sera melhor,
Em relação ao "Pai Adoptivo", esta velho pah, já fez o que queria fazer, e fez com uma Causa, ate justa, mas, agora esta na Hora de reformar,
Nao 'e ?
Bom Fim de Semana,
Nao vejo nada de "filhote" no discurso de Merkel. Vejo um interesse desesperado da Europa, para que a situacao de Portugal se resolva a contento, pois doutro modo, a estabilidade artificial espanhola->italiana->francesa->alema ruira como um baralho de cartas. E com ela o Euro. Repare que uma pequena desvalorizacao do Euro em 1-2% seria suficiente para Portugal e outros acertarem as suas contas publicas. Mas nao interessa, por causa do Petroleo.
ResponderEliminarA questao da crise financeira actual nao esta na escassez de dinheiro. Esta na escassez de confianca. Ou seja, os negocios tradicionais com base no trade-off, agora sao determinados por dois agentes parasitarios do capital, que se supoem, ser a SOLUCAO do capital para prevenir o desastre de 2008. So que a pratica esta a mostrar que na tentativa de extrair um dente, o dentista acabou retirando a placa. As agencias de rating, que classificam um pais, segundo preceitos de confianca e sem base cientifica irrefutavel - os especuladores. E as instituicoes financeiras europeias, que dao credito, a custo de juros elevadissimos, baseados nas percepcoes das agencias de rating - os agiotas.
Como se percebe, isto e o enigma do capital. E muito tentou Marx explicar-nos o inexplicavel.
Por isso, acho, Portugal got its momentum e deveria capitaliza-lo ao maximo. Pena e que venha a fazer, porque Socrates e um peao de Bruxelas e Passos Coelho um politico mediocre. Os que restam, so o CDS/PP poderia dar alguma esperanca de uma boa negociacao com base nos principios nacionalistas que defende, mas e um pequeno partido e com poucas PORTAS para tantas ca(u)sas... Se eu fosse portugues, sentir-me-ia envergonhado por saber que era mais amado no Bund(Reich)stag do que nas vielas do meu pais. Tal como Vichy em Franca. Em 100 anos da Republica, quando e que se viu tantos dirigentes europeus a quererem carregar ao colo um luso? Nunca.
Ricardo,
ResponderEliminar'E "filhote" numa linguagem "amorosa",
O interesse "desesperado da Europa" para que a situação de Portugal se resolva, 'e um problema puramente europeu,
A minha questão ou o desejo 'e que a situação de Portugal se resolva, nao por forma que "Nos" tenhamos que pagar por isso,
A diplomacia Portuguesa e a Alemã, e incluindo a Europa, nao pode e nao deve continuar com políticas e influencias maléficas para África e Moçambique no Particular, "sacrificando-nos" como se fossemos carneirinhos para banquete.
Portnto, gostaria que resolvessem o problema deles, com Socrates ou sem Socrates, mas que nao nos dificultassem a Mudanca que pretendemos Harmoniosa para Nos.
Ai e que voce se engana. O problema deles tambem e nosso...Em todos os aspectos da vida.
ResponderEliminarIsso parece-me obvio. Um PS no poder, e bom para muita gente no poder em Mocambique. Ja um CDS/PP seria precisamente o contrario. Um PSD, seria absolutamente indiferente. E um partido sem chama.
Quanto a mudanca harmoniosa, leia o texto de Chomsky postado neste blog. O que se aplica aos arabes, aplica-se ao Terceiro Mundo.