Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
23 fevereiro 2011
Radiografia do mundo árabe (2009)
8 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
São dados assim que precisamos para não andarmos para aí com lengalengas.
ResponderEliminarVerdades tautologicas. Imitacoes patologicas.
ResponderEliminarMas, a RESPOSTA, vira em forma de pergunta: Se nao concorda com o que se tem, por que nao pede demissao e vai-se embora? Se tanto nos critica, o que e que faria no nosso lugar?
Eis as (eternas) questoes.
Por isso, nesta vida, eu aprendi uma licao. Nunca se pede aos inimigos da liberdade, que sejam os fiadores dela.
E Ponto Final.
As suas verdades eternas são a propósito do quê?
ResponderEliminarE sobre as lengalengas?
ResponderEliminarhttp://www.project-syndicate.org/commentary/stiglitz135/English
ResponderEliminareste texto é de Joseph Stiglitz premio nobel da Economia e acho que ajuda a entender o problema.
Cpts
M.F
http://www.nytimes.com/2011/02/07/opinion/07krugman.html?_r=1
ResponderEliminarOutro artigo interessante de Paul Krugman nobel da economia sobre a crise de alimentos.
MF
http://www.nytimes.com/2011/02/07/opinion/07krugman.html?_r=1
ResponderEliminareste é o artigo que queria colocar sobre a crise de alimentos escrito por Paul Krugman nobel da economia.
MF
Convictamente, sr. Professor as minhas verdades eternas obtive-as no dia-a-dia. E as lengalengas tambem. Tendo sido apresentado por si, um quadro realista e em tudo similar ao nosso quotidiano, nao resisti a tentacao de colocar os pontos no iis.
ResponderEliminarO anonimo que me seguiu, colocou o problema, num contexto mais analitico, quica academico. Porque na verdade, no mundo arabe, tal como ca, sao sempre os regimes e nao sao factores exogenos como as oscilacoes do mercado ou geopolitica a causa das convulsoes sociais. Porque eles sempre existiram. E continuarao a existir. A resposta a eles e que deveria ser adequada. Se me permite a comparacao. E como um governo colocar as culpas num desastre natural pelo numero elevado de vitimas e bens que destroi, numa terra onde nem bombeiros ha para apagar um incendio de uma arrecadacao. Do mesmo modo que nao se concebeu que Mubarak e agora Kadhaffi, poderiam conduzir a mudanca dos seus regimes. Estou convicto que em Mocambique tambem nao seria diferente.
E nao seria diferente pela natureza intrinseca do regime. Sustentado sempre em dogmas, planos quinquenais infaliveis e virtudes. Erros, sim, mas apenas por causa dos outros (o inimigo). Desde 1975, tenho acompanhado as tres facetas diferentes do mesmo regime, incapaz de se libertar do centralismo democratico no plano das suas decisoes. Esse e o sinonimo de "disciplina partidaria". Uma vez no poder, a ala partidaria dominante, silencia toda a oposicao interna, adoptando o unanimismo (eu prefiro chamar-lhe de sebastianismo). Dai as frases lapidares e omniscientes:
"...Se nao concorda com o que se tem, por que nao pede demissao e vai-se embora? Se tanto nos critica, o que e que faria no nosso lugar?..."
Ja agora, por curiosidade, que partido, na linha da actual social-democracia, ou ate se quisermos, socialista do mundo ocidental, tem um COMITE CENTRAL? Um Politburo? E um Departamento de Defesa? Ha aqui qualquer confusao, certamente. Por isso, e legitima a eterna questao que se coloca ao fazermos analogias egipcias: donde e que imana(M) o(S) PODER(ES) em Mocambique? Quem sao os (eternos) fazedores de opiniao? Quem sao os (tautologicos) pensadores do Mocambique? Qual e (lengalengas) o proximo projecto politico messianico (patologico) que ira iludir os cidadaos com novas promessas para velhos problemas nas urnas? E a contestacao politica, sera por ela propria, ou por contestacao ao mesmo? Apetece-me ate cogitar, que projecto politico teria a oposicao, se o regime desaparecesse hoje? Temo que nada. Sao evidencias que nos sugerem serem todos produtos do mesmo Kolkhoze. Portanto, o proprio regime, como instrumento afunilador da sociedade. E o regime, nunca mudara pelo regime. Pode ate, adoptar novas linhas politicas. Mas o seu principio dogmatico persistira. So que uma mudanca, sem o regime, e necessaria, mas o estagio de maturidade politica actual em Mocambique, permite-me afirmar que ela nunca tera lugar sem derramamento de sangue. Infelizmente.
A questao que V. coloco agora e saber - por mera hipotese academica e nada mais - se no V. sabedoria, consegue vislumbrar alguma mudanca pelo regime? Eu nao.
Por isso, disse: Nesta vida, eu aprendi uma licao. Nunca se pede aos inimigos da liberdade, que sejam os fiadores dela.
E Ponto Final.