Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
20 fevereiro 2011
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Se percebo bem dispararam balas reais!!!!
ResponderEliminarNo problema da Libia, cujas reivindicaoes que se conhece, assenta na saida do poder de Muammar Kadhaffi, tem-me chamado a atencao ao facto de apenas a regiao da Cirenaica norte (junto a fronteira egipcia) estar em sublevacao. Na Tripolitania e Fezzan nao foram ainda registados incidentes dignos desse nome. Inclusive tem sido assinalados massivos contra-protestos de apoio ao regime, cuja autenticidade se podera questionar.
ResponderEliminarOutro aspecto, e o facto da Libia ser um estado hermetico, tao fechado quanto a Coreia do Norte. Isso levanta alguns problemas de confirmar a autenticidade das informacoes que vemos cair no You Tube. A espacos somos confrontados com a ideia de a Libia nao dispoe hoje dos mais elementares servicos publicos, como hospitais, escolas e universidades. Que grande contraste com aquilo que muitas organizacoes internacionais nos tem vindo apresentar. Disse-nos um dos manifestantes, que hoje em dia, os habitantes de Tripoli tinham que ir a vizinha Tunisia fazer consultas medicas e inclusive estudar. Bem, onde e que ja vimos isto tambem?!
Fica tambem patente o embaraco - ainda maior que o Egipcio - dos EUA. Estao, como soi dizer-se, estupefactos - pelo volume e dinamica dos acontecimentos. Ja nao lhes basta apontar o dedo acusador a Teerao. Porque e evidente que o movimento e muito mais amplo e enraizado. E um movimento genuinamente popular alimentado pelas fraquezas internas dos proprios regimes. Este embaraco, e visivel tambem em relacao a UE, de quem a Libia, e hoje um dos maiores credores da divida soberana de varios paises mediterraneos. E igualmente perante a Argelia e Bahrein.
Se estes tres paises caminharem para um convulsao social parecida com a Egipcia, entao, preparemo-nos inclusive nos em Mocambique, para uma subida dos precos dos combustiveis para la dos niveis de 2008. E ate o gas natural nao escapara as ondas de choque.
Em suma, podemos dizer que estamos muito proximos da situacao de 1973, so que desta feita nao ha guerra de Yom Kippur para justificar a escalada...
Afora estas manifestações, as organizações dos direitos humanos praticamente nada dizem quando as polícias disparam a matar contra os manifestantes.
ResponderEliminarOutra questão, temos tantos políticos que vestem a pele de democratas, de humanistas, mas não dizem uma única palavra sobre estas manifestações. Andam mudos parecem que não tem televisão em suas casas para verem as imagens, já que não sabem ler nem depositar comentários em jornais. Santo Deus.
Por último, o que é que o governo do nosso país está a fazer para quebrar esta sarna? Isto porque, até onde sei, já há sururu que estas manifestações cheguem até a África Subsariana. Angola e RAS estão, estrategicamente, nas nossas barbas.
Zicomo