Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
13 fevereiro 2011
Egipto+Argélia+Iémen
4 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Os Revolucionaros tem Razao.
ResponderEliminarProf.
ResponderEliminarO que acha? pode criar um forum de debate a volta disto?
http://www.voanews.com/portuguese/news/Revolta-como-a-egipcia-nao-seria-possivel-em-Mocambique-115602084.html
Revolta como a egípcia não seria possível em Moçambique
Sociólogo moçambicano diz que levantamentos verificados no país tiveram objectivos limitados e não a mudança de regime.
Eugénio Chimbutane
Obrigado pela sugestão.
ResponderEliminarIsso ja havia dito eu. O sociologo mocambicano refinou a ideia...
ResponderEliminarPorque na verdade, enquanto no Egipto so havia um unico partido politico autorizado, sobrava a consciencia patriotica e a correcta interpretacao dos problemas comuns que afectam todas as franjas da sociedade egipcia, papel a que se deve a grande influencia da religiao islamica, que por sua vez, esta umbilicalmente ligada a Irmandade Muculmana. Outro factor, e o racio de TICs egipcio que permitiu sempre - apesar da lei da rolha - arregimentar a juventude consciente na conducao do protesto.
Em Mocambique, ha um maranhal de partidos, mas sem nenhuma consciencia das reais aspiracoes dos seus eleitores. E o melhor barometro disto e a diminuta participacao civica nos processos eleitorais, entre outros. E principalmente, Mocambique e uma sociedade fraccionada em multiplos grupos de interesses, dos raciais aos religiosos. Sendo que o status-quo (Imprensa, Poder Politico, Economico e a Universidade) em torno da FRELIMO articulam perfeitamente no sentido do complot par glissement. Ou seja, deixar evoluir os acontecimentos, monitorizando-os, de modo que so seja permitido MUDAR o que o status-quo quizer. Por exemplo, agora, velhas discussoes, esqueletos de armarios, sao novamente revisitados a todos os niveis da sociedade mocambicano. Mas eram tabu ate um mes atras.
De repente, estamos novamente a ser convocados para reunioes para "auscultacao" e cia. Ora, isso so pode ter duas interpretacoes possiveis:
1- Efeito Tunisia e /ou;
2- Proximidade do Congresso da FRELIMO.
Confirmando, uma vez mais, que e o STATUS-QUO e nao os cidadaos quem propoe a agenda de discussao.
Pais amorfo...