Outros elos pessoais

11 janeiro 2011

Os megaprojectos de Moçambique

No portal da Deutsche Welle, trabalho de Johannes Beck: "Desde 2001 Moçambique cresce a taxas anuais entre 6% e 12%, muito acima da média da África. Esse crescimento, porém, se deve a alguns poucos megaprojetos que não beneficiam a maioria da população."

5 comentários:

  1. Estranhamente, o articulista nem sequer se referiu ao capitalismo chines e as zonas francas industriais na costa e interior de Mocambique...

    Omissao importante, para quem pretender analisar o impacto dos megaprojectos no desenvolvimento socio-economico de Mocambique.

    Alias, porque ZONAS FRANCAS tao proximo dos locais de extraccao mineral?

    Sera por acaso?!

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  2. Senhor Ricardo,
    O que o capitalismo chinês tem a ver com os megaprojectos em Moçambique, só o diabo deve saber.
    As zonas francas estão próximas das zonas de exploração mineira? Beluluane não é zona de exploração mineira. Tete não é zona franca. Nacala não tem exploração mineira. A mineração de Moma nada a tem a ver com a zona franca de Nacala. O sistema de escoamento é de barcaças, ali mesmo junto às águas de Topuito.
    Está de parabéns o Johannes Beck. Não podia fazer um artigo-sopa de pedra, metendo tudo o que diz respeito à economia moçambicana num mesmo artigo. Citou dois economistas com pontos de vista diferentes: Magaço e Carlos Nuno.
    Bom ano 2011
    Pedro Vítor, Tete

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  3. Pois a resposta e muito simples. O minerio que alimenta a combustao nao ira de navio, ficara ali.

    Ao inves de se transportar materia prima por 10.000 km e depois produzir bens acabados que novamente serao exportados, nao seria mais economico e lucrativo ter as fabricas proximo das fontes energeticas?!

    Para bom entendedor...

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  4. Senhor Ricardo,
    Agora percebo que tenta discutir tudo ao mesmo tempo, que nem sequer foram objecto do artigo do Beck: capitalismo chinês, megaprojectos, zonas francas...e agora...abastecimento/aprovisionamento, transporte de matérias-primas e suas relações com a lucratividade...se quer uma resposta à pergunta do seu último comentário, é NEM SEMPRE LOCALIZAR UMA FÁBRICA JUNTO À MATÉRIA-PRIMA É MAIS LUCRATIVO DO QUE O CONTRÁRIO. E pode olhar à sua volta e ver milhares de exemplos...Mozal, fábricas da Coca-Cola, da Nike, da Toyota, etc. etc...
    Pedro Vítor

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  5. Agora percebo que V.Excia e um "especialista" nestes assuntos.

    O que afirmei e que, com as zonas francas, a cadeia de producao fica completa e circunscrita geograficamente. Ou em linguagem de pastor, o mesmo que DO CAPIM AO BIFE, passando pelo boi, talho e o cozinheiro! Nao ha que percorrer um hiato temporal, nem de espaco para se obter o produto final ao consumidor a precos competitivos. Ou seja, custos de transporte ate a linha de producao = ZERO, ou quase isso.

    As barcacas de carvao que V.Excia ve a navegar no Zambeze ate ao porto da Beira so existem, porque nao ha industria transformadora que justifiquem o seu consumo local. Havendo-as, as barcacas ficam no cais ou transportam bens alimentares para a pessoas que trabalham nelas.

    Se a China monta uma fabrica de automoveis aqui, onde e que esta o seu mercado?

    Responda.

    E ja agora que falou da Coca Cola. Diga-me uma coisa, as latas usadas no enchimento dos refrigerantes sao produzidas (ou ao menos recicladas) em Mocambique?

    Responda.

    E o aluminio usado no fabrico das mesmas e produzido por quem?

    Responda.

    Se me demonstrar que o custo de producao de um bem de consumo numa fabrica chinesa situada numa zona franca, nos termos em que expus, e MUITO SUPERIOR a outra situada em Beijing, entao, os meus parabens...

    E um verdadeiro GENIO da economia!

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