Adenda às 14:30 de 06/01/02011: um trabalho inserto no jornal português "Público", aqui.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
05 janeiro 2011
Faleceu Malangatana
Adenda às 14:30 de 06/01/02011: um trabalho inserto no jornal português "Público", aqui.
5 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Paz a sua alma,
ResponderEliminarR.I.P (Rest in peace).
ResponderEliminarFez um grande discurso (de improviso) na Universidade de Évora aquando da recepção do Doutoramento Honoris Causa. Tirei lágrimas. Paz a sua alma.
ResponderEliminarZicomo
Nos últimos tempos, não andava bem de saúde. Hoje recebemos a notícia do desfecho inevitável.
ResponderEliminarMas gostaria de recordá-lo pelos momentos felizes que me legou. A sua pintura Shetani, que ele na sua especialidade, a par do outro ícone da cultura nos anos 80, o tragicamente desaparecido escultor Chissano, tanto publicitou, numa altura em que Moçambique só aparecia nos jornais por causa da guerra. O seu gosto pelo canto e a narrativa oral, das lendas e costumes de Marracuene. O seu projecto com o Aladino Jasse, esse angolano com origens em Inhambane, que tentou materializar com os petizes de Ricatla, também em Marracuene.
As suas longas sestas nas sessões da Assembleia Popular, quando os assuntos se tornavam chatos. O seu mercedes-benz preto repentinamente avariado junto ao parque dos TPM em Maputo, quando ele (que nada percebia de mecânica) tentou arranjar resultando daí um verdadeiro milagre da engenharia carral que ao dar a ignição ao bólide, ficou é o alarme do carro a funcionar. E ao tentar desligá-lo, ficaram os para-brisas a funcionar ininterruptamente até a bateria gastar...acabando ele e o seu companheiro de viagem (estrangeiro) por seguirem viagem a pé. Foi a gargalhada geral ante a juventude estupefacta. Mas também o seu atelier perto da Mafalala ficava ali a dois passos... Alma de artista de pintor na mecânica, diriam alguns. Um insubmisso, diriam outros.
Enfim, um homem comum, mas fascinante e sábio. Por isso, seria totalmente justo renomear a ECA da UEM para homenagear este humilde nado de Marracuene, que um dia uma alma caridosa lhe abriu as portas com uma bolsa de Belas Artes na Gulbenkian, a quem ele nunca deixou de retribuir.
Paz à sua alma!
O país teve uma grande perda, Malangatana foi um monstro imbatível na pintura Moçambicana, Africana e além fronteiras. Todos amantes da arte e cultura estão de luto, a família enlutada os meus sentimentos;
ResponderEliminarMalangatana, viverás em nossas vidas pois teus trabalhos engrandecerão para sempre.
Rest in peace!
Alex Dos Macas