Outros elos pessoais

25 dezembro 2010

Notas sobre WikiLeaks (13)

Mais um pouco desta série (mapa em epígrafe do Spiegelonline aqui, pode também ver um outro mapa elaborado pelo Guardian aqui).
4. WikiLeaks e ciberactivismo (continuidade deste ponto do sumário). Escrevi anteriormente que, em função dos eixos de luta ciberactiva que apresentei, há cinco perguntas a ter em conta: pode o WikiLeaks ser considerado (1) um movimento terrorista?; (2) um movimento anarquista?; (3) um movimento social?; (4) o equivalente ou o substituto electrónico dos protestos sociais clássicos de rua?; (5) traduz o movimento a transição para um novo mundo?
Tentarei de seguida responder à segunda pergunta.
O wikileakismo parece exibir algumas das características do anarquismo (são muitas, porém, as veredas da filosofia política anarquista), designadamente crítica do Estado contemporâneo e ausência de doutrinação explícita. Pode ser que, efectivamente, haja ingredientes anarquistas no grupo. Todavia, não há evidências de que Assange e os restantes membros do portal sejam contra qualquer tipo de autoridade, aí compreendida a do Estado, um dos pressupostos anarquistas básicos.
Prossigo mais tarde.
(continua)
Adenda: a qualquer momento, como é meu hábito neste diário, posso introduzir emendas no texto em epígrafe.

2 comentários:

  1. Critica o ESTADO...Que estado em particular? Uma entidade chamada globalização?

    Que eu saiba, eu não sou cidadão norte-americano. Nem sequer Assange.

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  2. Por agora a minha ideia reside apenas no Estado-em-si. Há muita coisa que ainda não sabemos sobre Wikileaks.

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