Adenda 2 às 15:59: portal creio que em manutenção; alguém enviou o texto de Noé Nhantumbo via comentário.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
01 dezembro 2010
Noé e o Zambeze
Adenda 2 às 15:59: portal creio que em manutenção; alguém enviou o texto de Noé Nhantumbo via comentário.
5 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
O texto esta inacessivel.
ResponderEliminarA Opinião de Noé Nhantumbo
ResponderEliminarNAVEGABILIDADE DO ZAMBEZE – AS EVIDÊNCIAS DE CONFLITOS DE INTERESSES ACUMULAM-SE
Até se enganam ao nomearem porta-vozes e defensores…
Beira (Canalmoz) - Não tem lógica e nem se pode aceitar que alguém possa ser juiz em causa própria. Todos os que tem interesses privados nos portos de Nacala e da Beira, nas linhas férreas que confluem para estes dois portos são obviamente contra a possibilidade do Malawi e Zâmbia realizarem suas importações e exportações por via do rio Zambeze. E até são contra que outros negócios locais possam proporcionar progressivamente mais negócios aos locais e a elites nacionais que se possam vir a formar com autonomia relativamente aos grupos actuais preponderantes.
Obviamente que no domínio das relações económicas e comerciais tem sempre peso o interesse dos interlocutores. Na esteira do Caso Chire-Zambeze despoletado por questões relacionadas com a sua navegabilidade existe um processo de clivagem e crescente de desentendimento entre o executivo de Lilongwe e o de Maputo. Não é bom o tom e as relações de momento também estão azedas. As acusações mútuas acabam revelando a qualidade e tipo de relacionamento existente no seio da SADC.
Uma questão que deveria ser tratada no quadro dos mecanismos internacionalmente aceites e em conjugação com os interesses económicos e políticos de dois ou três países da região estão sendo conduzidos de maneira pouca diplomática e profissional.
Uns podem dizer que o Malawi colocou “a carroça à frente dos bois” ao avançar com a construção do porto de Nsanje antes de garantir acesso ao rio Zambeze.
ResponderEliminarDo lado malawiano multiplicam-se vozes de que o governo de Moçambique estás sendo obstrucionista e colocando interesses particulares acima do direito que países do interior e sem acesso directo ao mar possuem.
Em Moçambique o governo monta operações mediáticas para transformar o problema em outra coisa que de facto não é. Convenhamos que a pouca gente convence a tese da necessidade realização de estudos ambientais embora isso seja prática corrente a nível mundial. Quantas vezes não se atropelam as conclusões dos estudos de impacto ambiental e projectos abertamente contra o ambiente são autorizados?
Mesmo a lógica financeira de autorização de projectos como o da MOZAL parte de fundamentos discutíveis e ambientalmente hostis ao interesse último dos moçambicanos. Não é pelos ganhos económicos arrecadados pelo país que o empreendimento foi estabelecido em Moçambique.
É trampa aparecer com números grandiosos e desta maneira procurar justificar porque são os moçambicanos que têm de aceitar conviver com a poluição e não os cidadãos de onde vem a corporação proprietária da Mozal. Será porque empobrecidos temos de aceitar tudo e mesmo lixo tóxico?
Voltando ao grande rio está claro que determinados interesses da nomenclatura de Maputo serão beliscados se o projecto de navegar o Zambeze for avante. Sem ingenuidade nem pretensões de transparência é evidente que os detractores daquele projecto se movimentam a mando de interesses específicos e a coberto de uma pretensa bagagem intelectual e técnica.
ResponderEliminarSe é inquestionável que o governo moçambicano exija um estudo de impacto ambiental idóneo também é de bom tom que não se ponha a disparar salvas de artilharia em certa comunicação social ao mesmo tempo que nos canais diplomáticos nos diz que está conversando sobre o assunto.
Há que se tratar deste e de outros assuntos similares com boa-fé e clarividência. O governo deve estar suficientemente informado e abalizado nos assuntos que discute com os vizinhos e com outros. Qualquer dia é o Zimbabwe que se coloca contra entraves à utilização do rio Pungué e depois?
A sensibilidade e sentido estratégico como se tratarem estes assuntos vai contribuir para o crescimento da SADC e promover o real desenvolvimento regional e de cada país em si.
Os interesses circunstanciais de gente que está agora no poder e que tem sob sua alçada os dossiers económico-financeiros da actualidade não podem sobrepor-se aos interesses genuínos dos cidadãos em geral.
Há que pedir contenção aos governantes e aos fazedores de opinião de seus países de modo a que os interesses genuínos da região não sejam preteridos em nome de algo que já não faz parte da agenda efectiva de seus países.
O futuro dos vizinhos depende da maneira como eles escolham entenderem-se hoje.
Exigir processos de integração transparente significa acautelar os interesses de todos e embarcar numa via que irá promover aquele desenvolvimento tão falado como o desejado. Se ao nível de uma comunidade regional como a SADC não se conseguem criar os elementos de coesão e cooperação necessários mais difícil será viabilizar a União Africana.
Afinal o projecto ou sonho de Estados Unidos de África não tem mesmo pernas para andar…E o da SADC parece estar a tornar-se um absurdo manietado por grupinhos particulares…
Noe sintetiza o que eu ja falei em detalhe muitas vezes. Excuso-me repetir comentarios.
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