Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
10 novembro 2010
Mozal – crónica de um desastre anunciado
1 comentário:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.

O Xitizap ressuscitou ou ainda esta no Nirvana?
ResponderEliminarOra ai vai um poema de Neruda, esse poeta imortal (minha traducao do Espanhol):
United Fruit Co.
Quando a trombeta soou
estava tudo preparado na terra,
e o Senhor deu ao mundo
a Coca-Cola Inc., Anaconda,
Ford Motors e outras empresas.
A United Fruit Company
reservou para si a peça mais suculenta
a costa central do meu mundo,
da cintura delicada da América.
Ele rebatizou esses países
Repúblicas das bananas,
e sobre os mortos de sono,
sobre os heróis inquietos
que ganhou grandeza,
liberdade e banners,
criou-se uma ópera bufa:
aboliu o livre arbítrio,
deu a coroa imperial,
inveja incentivada, atraiu
a ditadura das moscas:
Trujillo moscas, moscas Tachos
Carias voa, voa Martinez,
Ubico moscas, moscas pegajosas com
sangue submissas e marmelada,
moscas embriagadas que zumbem sobre
os túmulos das pessoas,
circo voa, voa sábio
especialista em tirania.
Com as sanguinárias moscas
veio a Fruit Company,
café acumulou e frutas
nos navios que fizeram ao mar, como
bandejas sobrecarregadas com os tesouros
de nossas terras afundadas.
Enquanto isso, os índios caem
nas açucaradas profundezas dos
portos e são enterrados nas
névoas da manhã;
rola um cadáver, uma coisa sem
nome, um número de descartados,
um monte de fruta podre
jogado na lixeira.
Sugestao: 1.Substitua United Fruit por MOZAL; 2.indios por negros; 3. cafe por aluminio; 4. frutas por lingotes; e os NOMES pelos dos seus proprios BOIS e aprecie o resultado final.
Aaaaaaaaaaaahhhh!...