Sabemos todos que estamos, mundialmente falando, num muito publicitado combate contra a pobreza desde 1990. Um bocado por todo o mundo essa é a palavra de ordem, o combate contra a pobreza - a abóboda messiânica coroa-se com o adjectivo "absoluta" -, em Moçambique não fugimos à regra nos discursos oficiais. Expressão guerreira, essa. E na guerreira cruzada, andamos todos - buliçosos, frenéticos - a cavalo das estatísticas, nos cem metros das percentagens, a pobreza parece uma coisa física que diminui percentualmente, os números fascinam-nos. Somos todos bons alunos do Banco Mundial no combate. Mas o que é pobreza e quem é pobre na formulação sagrada do Banco Mundial, instituição magna do capitalismo mundial?
(fonte da imagem: cartoonices.wordpress.com)
São questões muito interessantes. Vou esperar ouvir o seu ponto de vista.
ResponderEliminarSim, muito interessante.
ResponderEliminarHão muitos defeitos no relacionamento dessa instituição capitalista - ocidental.
Mas, ainda que mal pergunte!
Porquê que a URSS, a China Popular, a actual China Capitalista (selvagem), riquíssima, os BRICS, África, Ásia (os Árabes do petróleo), …enfim, os alternativos, não criam o seu próprio banco - Banco de Libertação Mundial (sugestão).
Só o dinheiro (mola) que os dirigentes africanos têm no exterior, chegava e sobrava para o arranque.
Bora lá.
E TODOS nós sabemos, né?
Pois é!
ResponderEliminarJá existe o GRANDE DITADO: "quem dá um(1) leva dois(2)" - parece-me verdade!
Olha que até para ajudar é preciso ganhar algo (voilá)!
Sinceramente, penso que ninguém, de facto, tiraria a pobreza do outro se precisar de lucros, nao é! Sendo assim, vamos tirar a nossa pobreza porque aqueles fulanos (ocidente e, já agora, os Asiáticos) nao estao nada interessados em aliviar-nos da pobreza a nao ser colocar-nos numa cadeira de rodas para dependermos mais deles - já se viu um bebé desamamentado a procurar pelo peito da mae? Eu nunca...
Infelizmente, os grandes bancos ocidentais e asiáticos, a China, a Índia, os Árabes e as liderancas africanas tem o mesmo fim: afundar e infernar a vida dos africanos modestos...
Gostei do cartoon em cima,
ResponderEliminarAjudar aos pobres 'e criar vida, e estar em comunhao comsigo mesmo, e com o Senhor.
Criar vida, ajudando os pobres, da nos a sensacao de grande poder, um poder divino, afinal so Deus cria a vida, e ajudando os pobres, temos a sensacao de ter Deus manifestando-se dentro de nos.
Ganhos por ajudar ao pobre ? essa sensacao de poder divino dentro de nos, 'e muito grande, e da vicio, porque queremos sempre viver essa sensacao maravilhosa, mas tambem ganhamos um monte de problemas, muito respeito, mas acompanhadas de muitas complicacoes tambem.
Ser pobre, 'e estar privado de usufruir necessidades basicas para sobrevivencia como ser humano, mas 'e tambem nao ter capacidade de ajudar, nao ter a sensibelidade que o facto de muitos humanos estarem privados de necessidades basicas nao faz com que deixem de ser humanos.
Entao pobreza, seria para mim, tambem, a incapacidade do humano usufruir dessa sensacao divina maravilhosa, de ser incapaz de ajudar ao mais necessitado, de o discrimina-lo, de o mata-lo, depois de te-lo privado dos seus direitos mais basicos como ser humano,
'E muito mais pobre, aquele que tendo condicoes nao ajuda aos mais necessitados, do que o proprio mais necesitado. Entao ai nem se pode classificar o estado de pobreza daqueles que criam condicoes para que os pobres se tornem mais pobres ainda, e que cada vez existam mais pobres no mundo.
Caro Professor,
ResponderEliminarPercentagens, são números relativos, comparados em relação a qualquer coisa.
O que importa na vida são valores absolutos. E é na quantificação destes que nos devemos concentrar.
O resto é conversa.