Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
17 outubro 2010
O mundo
4 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
A relação entre o poder transformador do subjetivo e o poder transformador de forças e condições materiais, das estruturas, continua sendo uma questão em aberto. O Marxismo acentuou o determinismo das forças materiais, mas também se valeu da enorme foça das ideias e fez uso da ideologia como instrumento de mudança.
ResponderEliminarNa época, tornou-se difícil discutir ou questionar essa relação e navegar por outras águas sem ser considerado burguês / reacionário / revisionista. Talvez tenha sido um dos erros que produziram muita intolerância - e uma ilusão.
Como conciliar a descrença na subjetividade com o ideia - colhendo uma frase aqui mesmo desse blog - de que "A mais potente arma nas mãos do opressor é a mente do oprimido"?
Acho que as tentativas de extrair uma "teoria geral" aplicável a todos os casos, para realidades muito complexas, pode distorcer a ciência como possibilidade de pensar e aproximar o trabalho científico de uma arma política. Há casos em que não se pode prescindir do poder da subjetividade, há instâncias emque se deve operar com a "realidade social".
E por que esconde toda a sua imensa sabedoria no anonimato?
ResponderEliminarA historia da "teoria geral " é classica, como classico é o anonimato burguês. Moçambique precisa de um Rafael Marques de Morais para tirar a cortina que resguarda os acomodados das teorias e dos subjectivos.
ResponderEliminarNo comentário feito acima, não pretendi negar valor à crítica feita aos que acreditam que "o simples raciocínio mudará a realidade social", nem tomar partido em favor do subjetivismo (contestando posições marxistas) - mas gosto de evitar passividade ante os postulados marxistas em que fui educado e formado.
ResponderEliminarO que proponho é que a relação entre esses dois pólos possa ter explicações muito interessantes e menos mecânicas - mas, vá lá, já fui chamado de burguês, como previa (e provavelmente sou)...
Na verdade nem sei a que se referiu o texto que abre essa série, mas levantou uma questão que me inquieta.
(tenho meus motivos para continuar anônimo em público, mas certamente adoraria defender idéias em boa tertúlia ao vivo).