Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
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06 outubro 2010
IOF está errado, país desenvolve-se (Quereneia)
Não é verdade o que concluiu o último Inquérito ao Orçamento Familiar (também aqui) pois o país está a desenvolver-se e apenas há pobreza alimentar. Muitas vezes em relação à pobreza alimentar não se trata de falta de comida mas de falta de conhecimento da combinação de alimentos. "As pessoas comem muitas vezes mas não se alimentam" - afirmou, segundo o "Mediafax" de hoje, o ministro da Planificação e Desenvolvimento, Aiuba Quereneia. Desenvolvimento humano, viaturas, bicicletas, telemóveis, educação e serviços de saúde e de abastecimento de água são indicadores do desenvolvimento do país. Aqui. Adenda às 7:57: enquanto isso, em período dito de austeridade, o ministro acima citado, o ministro das Finanças Manuel Chang, o governador do Banco de Moçambique Ernesto Gove e "quadros importantes" dos respectivos sectores, vão a Washington participar na reunião anual do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. Conferir no "O País", aqui. Adenda 2 às 16:15: um elogio a Moçambique feito pela ONU segundo o portal da Rádio Moçambique, aqui.
Más do que o rendimento global, ou a totalidade dos bens acumulados pelos moçambicanos, está a diferença entre os ricos e pobres. Pior que pobre é ser ignorado.
recordar BICO neste blog: A MAIS POTENTE ARMA NAS MAOS DO OPRESSOR É A MENTE DO OPRIMIDO.
So que acho que a situacao 'e bem pior do que a IOF mostra.
Escolas e numero de alunos matriculados nao significa educacao.
Percentagem de chefes familiares por conta propria, nao significa empresariado, e nem emprego.
A existencia de postos de saude, nao significa existencia medicamentos.
A proximidade dum posto policial, nao significa seguranca e nem justica.
Faltam dados qualitativos no documento.
A tendencia de instituicoes financeiras mundias e dos doadores de apenas verem os numeros e dados nao qualitativos de Mocambique, esta tambem na origem do "dono'r paradox" e da "tempestade perfeita".
interessante este conceito de "pobreza alimentar" para negar que há problema no desenvolvimento no país. será que é concebível admitir que há desenvolvimento quando grande parte não tem possibilidade de comer carne ou peixe? a pobreza alimentar é sinónimo de pobreza absoluta. os que não conseguem alimentar-se correctamente, de certeza que também não têm possibilidade de comprar bicicleta ou outros bens
Saco vazio nao se aguenta de pe, la diz o ditado, que esta a milhas de distancia de algumas estruturas.
Nas lunetas de um tecnocrata, o que contam sao as estatisticas. Por isso, vindo de quem vem, nao me espanta, nem esperaria outra coisa. Escandalo mesmo seria o sr. Cuerenea ser nomeado para o cargo de ministro da Mulher e Accao Social. Se ja la esta uma engenheira quimica. Porque nao este "engenheiro" social? Ja nada me espanta.
Austeridade? Pois e, mas quando e o Patrao a chamar para prestacao contas e bom que se faca pessoalmente, para receber novos conselhos.
Que custa admitir que Moçambique é pobre. Que há fome um pouco por todo canto. Que a educação é de péssima qualidade. Que vivemos" a custa" dos famosos "parceiros de cooperação". Que agricolamente não produzimo o tanto que podiamos Que... Ai se a pobreza fosse vencida simplesmente por negá-la a existência, já lá estariamos com certeza!!!
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Prof.
ResponderEliminarGrande novidade. Parece que estamos mesmo a cortar a meta. Mais dias menos dias teremos pobreza erradicada. Parabéns MPD pelo empenho.
"Só quem morreu viu o fim da guerra" Platão
ResponderEliminarMás do que o rendimento global, ou a totalidade dos bens acumulados pelos moçambicanos, está a diferença entre os ricos e pobres. Pior que pobre é ser ignorado.
ResponderEliminarrecordar BICO neste blog:
A MAIS POTENTE ARMA NAS MAOS DO OPRESSOR É A MENTE DO OPRIMIDO.
Eu tambem acho que IOF nao esta certa,
ResponderEliminarSo que acho que a situacao 'e bem pior do que a IOF mostra.
Escolas e numero de alunos matriculados nao significa educacao.
Percentagem de chefes familiares por conta propria, nao significa empresariado, e nem emprego.
A existencia de postos de saude, nao significa existencia medicamentos.
A proximidade dum posto policial, nao significa seguranca e nem justica.
Faltam dados qualitativos no documento.
A tendencia de instituicoes financeiras mundias e dos doadores de apenas verem os numeros e dados nao qualitativos de Mocambique, esta tambem na origem do "dono'r paradox" e da "tempestade perfeita".
interessante este conceito de "pobreza alimentar" para negar que há problema no desenvolvimento no país. será que é concebível admitir que há desenvolvimento quando grande parte não tem possibilidade de comer carne ou peixe? a pobreza alimentar é sinónimo de pobreza absoluta. os que não conseguem alimentar-se correctamente, de certeza que também não têm possibilidade de comprar bicicleta ou outros bens
ResponderEliminarSaco vazio nao se aguenta de pe, la diz o ditado, que esta a milhas de distancia de algumas estruturas.
ResponderEliminarNas lunetas de um tecnocrata, o que contam sao as estatisticas. Por isso, vindo de quem vem, nao me espanta, nem esperaria outra coisa. Escandalo mesmo seria o sr. Cuerenea ser nomeado para o cargo de ministro da Mulher e Accao Social. Se ja la esta uma engenheira quimica. Porque nao este "engenheiro" social? Ja nada me espanta.
Austeridade? Pois e, mas quando e o Patrao a chamar para prestacao contas e bom que se faca pessoalmente, para receber novos conselhos.
Nem que viagem a pe...
Que custa admitir que Moçambique é pobre.
ResponderEliminarQue há fome um pouco por todo canto.
Que a educação é de péssima qualidade.
Que vivemos" a custa" dos famosos "parceiros de cooperação".
Que agricolamente não produzimo o tanto que podiamos
Que...
Ai se a pobreza fosse vencida simplesmente por negá-la a existência, já lá estariamos com certeza!!!
Da minha parte deixo lavrado o meu justo protesto contra o ministro.
ResponderEliminarZicomo
Elogio feito pela FAO, pelo combate a pobreza, segundo a RDP Africa...
ResponderEliminarE nestes momentos que nos apercebemos por que o sinos dobram!
Eu ja estou cansado disto tudo. E muito nojento.
'E natural Ricardo,
ResponderEliminarSe admitirem o falhanco, caem tambem, ou no minimo tem que corrigir as falhas,
E as duas opcoes nao sao agradaveis para os "actuais donos do sistema",
'E uma reaccao natural de defesa de quem pretende continuar no "mesmo sistema", mesmo sob todos os riscos,
Questao de caracter.
Fazer o que ?
Claro, Karim.
ResponderEliminarHá uma doença que enferma os nossos governantes... o da avestruz.
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