De repente, face às manifestações populares de 1/3 de Setembro, com a intensidade dos sismos, sucedem-se - profusas e apaixonadas - três coisas: as análises, os debates e as medidas profilácticas. Podemos então considerar que três coisas ocorreram e continuam a ocorrer num curto espaço de tempo: um segundo sismo popular (o primeiro ocorreu a 5 de Fevereiro de 2008), um sismo decisório e um sismo analítico. É como se a crise global e multidimensional fosse algo reduzível a coisas simples, temporalmente acessíveis, a algo que pudesse ficar comprimido em ou três dias de espasmos de protesto popular, como se esses espamos não fossem a consequência ou a continuidade de vários tipos de problemas e de esquecimentos e de omissões no processo críseco.
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