Outros elos pessoais

23 agosto 2010

Prossegue o "roubo do desenvolvimento"

Nota: este tema - o tema do que chamo amiudadamente roubo do desenvolvimento visando outro tipo de desenvolvimento - é merecedor de amplo estudo, amplo estudo que deve ter como meta de partida nao tanto o mercado informal quanto a vida informal. Hipótese: quanto mais gravosas forem as condições de vida, mais ampla será a vida informal e mais diversificado e profundo o recurso a esquemas de sobrevivência numa sociedade profundamente marcada pela fractura social. Entretanto, permito-me sugerir a leitura das minhas postagens sobre o roubo do desenvolvimento, aqui.

3 comentários:

  1. Roubo ao desenvolvimento ou quando essa e a unica forma de beneficiar do desenvolvimento, que desenvolve os de longe e marginaliza os de perto?

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  2. De facto este problema é preocupante.

    Nacala-Porto não é o único exemplo, o país todo vive a braços com este problema. E como disse outrora, com o estômago não se negocia, a fome não perdoa, daí que o roubo tem sido infelizmente a péssima solução para "matar os pobres músculos do pescoço" (Fijamo).

    O aludido estudo é bem-vindo.

    Zicomo

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  3. Ab immundo quid mundabitur?

    "...este tema - o tema do que chamo amiudadamente roubo do desenvolvimento visando outro tipo de desenvolvimento - é merecedor de amplo estudo, amplo estudo que deve ter como meta de partida nao tanto o mercado informal quanto a vida informal..."

    Como e evidente, enquanto o paradigma se mantiver, a informalizacao prosseguira e com forca.

    E avisos nao faltaram - lembro-me de Carlos Cardoso - quando as politicas de Bretton Woods comecaram a criar a informalizacao da nossa economia, nascendo acto continuo a reclamacao dos comerciantes ditos legais. Moral da historia: para fugir ao Fisco, os ditos legais comecaram a usar o expediente informal para duplicar os seus lucros, mas sempre pedinchando.

    Com isso, ante as vistas largas das autoridades, Mocambique e hoje um enorme mercado INFORMAL, onde cada um de nos vende um pouco daquilo que tem: desde fosforos e chinelas descartaveis Made in China, ate DUATs e Consultorias. Somos uns vendilhoes do templo, mesmo que nao haja necessidade disso.

    Nao produzimos nada...

    Apenas vendemos!

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