Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
08 agosto 2010
A arte das consequências
3 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Num dos comentarios que li, o senhor Jose chamava atencao para um facto, cuja logica, sem logica, e a seguinte: em Mocambique, se criticas o Governo ou o partido que o sustenta, logo diz-se que falou mal do pais. E ai gritam: e anti-patriota, nao gosta do seu pais, deve ir a Guine Bissau, e apostolo de desgracas do povo, etc.
ResponderEliminarRepare-se na expressao: "e anti-patriota". Ai a patria e substituida pelo Governo e partido que o sustenta.
Na mente "esclarecida" de muitos, nao existe espaco, nao ha separacao entre uma coisa e outra.
Mas na lei, existe. Ou, se nao existe, devia existir.
Chama-se a isso considerar uma parte como se fosse o todo. Outro erro de argumentacao.
Julgo que e pertinente definir o que e "Mocambique" como pais, como nossa patria. Porque a definicao do "Governo" pode ser achada em varios instrumentos. Se ha juristas, historiadores, politologos, antropologos, sociologos, maos a obra. Porque um dia destes, ao rejeitar uma dada politica (de um Governo), seremos considerados como tendo rejeitado o nosso Pais. E ai perderemos a nacionalidade.
(Continuacao do Comentario anterior)
ResponderEliminarE a arte de se esconder atras de valores nobres, quando se quer evitar criticas. A estrategia usada e: levar o PAIS, a PATRIA, e coloca-lo a frente, como escudo de proteccao. Atras, fica o verdadeiro alvo das criticas, neste caso o Governo e suas politicas.
A tese de "anti-patriota" e para comover as massas e aumentar a "culpabilidade" do eventual critico . Quem querera ser conotado com anti-patriota?
E depois, vem a estrategia compensadora: se falas bem do Governo, ou se nao criticas o Governo e suas politicas, logo e abencoado como sendo o melhor patriota que existe. Alguns auto-proclamam-se abertamente, orgulhosamente, de peito cheio. Sabem, afinal, que, estao na graca dos deuses, que tem o paraiso prometido, tem a bencao derramada aos seus pes.
Ilustre Carlos Mendes, parabéns pela excelente análise. Esta estratégia de chamar de anti-patriotas a quem não concorda com certas situações protagonizadas pelo Governo não é nova e os seus mentores estão bem identificados, talvez seja a maior prova de que a democracia em Moçambique ainda é muito débil e precária.
ResponderEliminarUma das explicações que encontro para este comportamento é que muitas pessoas pensam que Estado, Partido, Governo e País são sinónimos, talvez resquícios do monopartidarismo.
Saudações patrióticas!