Mais um pouco da série.
No que nos concerne, devemos olhar o futuro com prudência, nacional e regionalmente.
Na verdade, devemos estar atentos às situações pelas quais os Moçambicanos possam ampliar a imagem colectiva de um penúria redobrada, de uma penúria que, pelo processo de transferência e de fixação num bode expiatório, se concentre nos estrangeiros (seja qual for o grupo racial destes), atribuindo-lhes a origem dos males e do sofrimento e a monopolização dos recursos.
Mas não só: importa ainda ter em conta, como hipótese, nas zonas de mais sistemática imigração para a África do Sul do nosso país, a apetência por uma espécie de desforra histórica - com efeitos lesivos - pelos desagravos sofridos.
(continua)
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