Outros elos pessoais

▼
▼

12 junho 2010

Os vasos capilares do poder político (14)



Mais um pouco da série.
Os régulos - hoje chamados "líderes comunitárias", com todo o seu aparatoso vestuário visivelmente destinado a vincar o poder - que encontramos referidos nas notícias, nas reportagens, nos discursos e nas imagens, são produto daquele trabalho.
(continua)
Nota: a primeira foto (o poder desfilando na província de Maputo) foi reproduzida do "Notícias" e a segunda (o poder sentado na província da Zambézia) foi-me gentilmente enviada por AZ de Quelimane
Adenda às 9:59: amplie a segunda imagem e estude as insígnias e os graus de hierarquia.
à(s)

2 comentários:

  1. Linette Olofsson14/6/10 7:59 a.m.

    Nas areas rurais, continuam a ser chamados por Régulos, ou autoridade tradicional!

    A expressão, Líderes comunitários,foi criado por um descreto de Lei 15/2000 pelo Conselho de Ministros.
    Muito protestado pelo parlamento e pelos própios regulados após a sua aprovação.

    Este decreto, em minha opinião, vem afastar os nossos valores culturais em Moçambique.
    Vem albergar membros da frelimo no poder local, uma vez banidas as organizações democraticas de massas!

    Este descreto, tem trazido problemas para o nosso poder tradicional.
    Não é aceite em alguns pontos do País.
    Em minha opinião, deve ser banido, na medida em que, os lideres comunitario (segundo o mesmo decreto,) são eleitos!

    Que eu saiba, os líderes comunitários provem de um processo heriditário, gerações para gerações!

    É materia que deve fazer parte do sectror Legislativo, através de uma proposta de Lei e não de um simples decreto de Conselho de Ministros

    Linette

    ResponderEliminar
  2. umBhalane14/6/10 12:46 p.m.

    "processo heriditário"

    Não sei não, Linette!!!

    No sentido de "que se recebe ou se transmite por herança" tenho fortes dúvidas, ou melhor, não podemos generalizar.

    Na zona do Luabo/Marromeu - Baoaze - o sucessor do Inhacuaua/Régulo, não era de modo algum, automaticamente, um dos seus filhos(as).

    Era escolhido dentro da família próxima/alargada por um conselho de pessoas influentes, o que quer que isso fosse, e inteiramente assunto restrito.

    A soluçao era depois comunicada ao administrador do posto respectivo.

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.