Uma das formas mais clássicas de escamotear a análise dos problemas internos consiste em atribuir ao exterior uma malevolência e/ou uma premeditação primordiais. Se algo de mal acontece no interior é porque o exterior sempre premedita a maldade (tese forte) e/ou interpreta mal a realidade (tese branda). É nesse meio que nascem as teorias da conspiração, da mão externa, etc.; é nesse meio que se naturaliza o branqueamento de responsabilidades através da inocentização sistemática de actores internos.Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
18 junho 2010
Os maus
Uma das formas mais clássicas de escamotear a análise dos problemas internos consiste em atribuir ao exterior uma malevolência e/ou uma premeditação primordiais. Se algo de mal acontece no interior é porque o exterior sempre premedita a maldade (tese forte) e/ou interpreta mal a realidade (tese branda). É nesse meio que nascem as teorias da conspiração, da mão externa, etc.; é nesse meio que se naturaliza o branqueamento de responsabilidades através da inocentização sistemática de actores internos.2 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Moçambique é um caso clásico: os outros são sempre os culpados e a paranóia da mão externa usada ad nauseam.
ResponderEliminarmania da vitimizacao? ou mania da conspiracao? o diabo que escolha...
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