Em grande parte fabricada na China, a vuvuzela sul-africana do mundial de futebol, eventual descendente do tradicional chifre do kudu, não é propriamente um símbolo identitário, na medida em que são muitos os que a usam independentemente da origem nacional ou da claque ou dos motivos das diversões.
Creio ser necessário recordar que, historicamente, entre as suas diversas aplicações, a corneta tem uma função castrense, associada, por exemplo, às solenidades militares e às convocatórias para a guerra. Em Moçambique os chifres de kudu ou n'goma e palapala eram utilizados para, juntamente com os tambores, convocar os guerreiros para a guerra.
(continua)
Notas: (1) a primeira imagem é sobre a África do Sul, a segunda sobre o Brasil; (2) recorde a minha série com o título Futebol: violência ritualizada e religião profana, aqui.
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