Observação: resta saber se “a sustentabilidade da economia, paz e estabilidade política do país” efectivamente depende da “classe média moçambicana”.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
22 junho 2010
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Observação: resta saber se “a sustentabilidade da economia, paz e estabilidade política do país” efectivamente depende da “classe média moçambicana”.
13 comentários:
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E neste momentos em que se percebe PORQUE RAZAO anda essa juventude tao revoltada e sem norte...
ResponderEliminarComo pode, um projecto que esta na calha da proclamacao governamental (que o MDM apoiou) de ajudar jovens em inicio de carreira, ou de vida como queiramos, em condicoes especulativas destas, criando um endividamento impagavel. Querem um SUB-PRIME II em Mocambique??!
Mas eu ja imaginava que fosse isto o que viesse acontecer (e agora Abdul Karim?). E continuara a acontecer. Tal como em Angola,onde milhares de milhoes de dolares de financiamento bonificado Chines para causas sociais sao drenados para projectos desta jaez, sob o pretexto do fortalecimento da responsabilidade social do tecido empresarial local na umbrella da famigerada parceria publico-privada, supostamente para combater a pobreza queimando etapas. Quando afinal o que se pretende e PRESERVAR o fosso entre os pobres e ricos. Chega a ser pior que o sistema de castas da India.
Nao tenho NADA contra investimento imobiliario privado, se o mesmo seguir a regras de mercado e nao, ir as costas de um programa governamental de "causas perdidas" para abocanhar mais uns valentes milhoes ao seu peculio. Porque afinal, sendo uma Fundacao, a JC se encavalitara nas isencoes fiscais que lhe permite a LEI. Logo a rentabilizacao do negocio sera sempre a dobrar. Porque tanta ganancia?!
Pergunta-se quem ira la morar. A resposta e bem evidente. Essencialmente o mesmo grupo populacional que habita hoje o Belo Horizonte...e que depois as ira arrendar aos RICOS CONSULTORES ESTRANGEIROS porque nao se pode habitar duas ou tres casas ao mesmo tempo!...
E quanto a Observação: resta saber se “a sustentabilidade da economia, paz e estabilidade política do país” efectivamente depende da “classe média moçambicana”.
Responderia que nao garante a sustentabilidade politica, mas ja garante a economica, porque efectivamente, esta e a classe mais consumista, logo, a responsavel pela expansao do sector de comercio e servicos em Mocambique e na SADC. Por esse prisma, e muito possivel que se consiga sustentar a paz politica, com a ajuda da media, dos roadshows no mundo azul e muitos veroes amarelos. Porque esta e a formula SIMPLEX do poder. E como tem dado certo, ha pelo menos 35 anos.
Disse
Prof.
ResponderEliminarEstas casas nao e para a classe media mas sim para os que ja detem mais cassas.
800,000 para uma casa do tipo 1 e ridiculo.
Mario Lithuri
“classe média moçambicana”.
ResponderEliminarQuem os viu, quem os vê!!!
Evolução na continuidade - quando será a tomada do "Carmo"???
Está a demorar, se está.
E agora Ricardo ?,
ResponderEliminarChissano gosta de bolo, vamos cortar bolo e cantar parabens pra ele, 'e capaz de oferecer os apartamentos free, mahala, de borla.
Estes comentários até são interessantes para mostrar diversidade de pensamento e de opiniões. Porém, já é moda condenar-se tudo..., quando se faz algo condena-se e quando não se faz também... Afinal o que é que as pessoas realmente desejam? É verdade que em qualquer sociedade existe diferenciacão e não vejo nenhum mal nisso, mal, é quando os caminhos de ascensão são exclusivamente dedicados a uns o que ão parece ser o nosso caso. Em Mocambique não há quem não deva ascender na vida por ser isto ou aquilo. Pelo que, devemos todos trabalhar mais e falar menos para melhorar as nossas condicões reais. Não se pode atacar uma iniciativa destas, deve-se sim acarinhar e aumentar iniciativas do genero com uma maior apologia para a diversificacão do mercado, onde também haja aposta na construcão de mais baixo custo para contemplar os mais desfavorecidos. Todavia, quero acreditar que para se chegar lá será necessário acumular capital apartir do negócio inicial dirigido aos mais capazes, com investimentos de luxo que possam financiar investimentos imobiliários de mais baixo custo e de forma sustentável. Portanto, devemos usar a cabeca, pensar de forma racional. Os paradigmas nem sempre são os mesmos, nem sempre se constroe com solidez a partir da base... Quanto ao comentário sobre a classe média... é preciso lembar que sem ela também não há estabilidade..., esqueceram-se os senhores que os manuais andam cheios de referências desta classe como a almofada?...
ResponderEliminarQuero dar os meus parabéns a Fundacão Joaquim Chissano pela inicativa e apelar que mais instituicões e pessos de boa vontade apostem no investimento imobiliário em Mocambique.
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderEliminarEm mocambique, pede-se para apostar em investimento imobiliario especulativo, por boa vontade das pessoas,
ResponderEliminarMocambique anima.
Mal vale escutar Tomas Guilhermino que acreditar em certas estorias.
ResponderEliminarAqui estou de acordo com os pessimistas. Nao é certamente para a classe baixa/media essas casas.
E como dizia o outro, a mim ninguem me da baile.
Verdade das verdades, eu nem sei se essas casas vao ser mesmo construidas.
Fundaçao?
Zicomo
Meu Deus do Céu!!!
ResponderEliminarEu já perdi o controlo de tudo. Este é o país mais fascinante do mundo. A gente pensa que já viu tudo que tinha a ver e de repente, cai-nos uma nova surpresa. Me pergunto se isso é para beneficiar o cidadão comum ou a elite no poder? Hoje sou jovem, mas amanha terei uma esposa e filhos. Onde irão dormir meus filhos? No mesmo quarto que eu? Não, não tem sentido. Trinta anos a transpirar para pagar uma casa do tipo 1?!!! Meus Deus! É um absurdo. Se é dessa maneira que pretendem acabar com a pobreza, garanto-vos que desta vez terão sucesso. Vamos todos morrer no relento... junto com a pobreza.
Faço minhas as palavras do Queface...a vida esta cada vez mais dificil para a classe trabalhadora deste País.
ResponderEliminarMario Jr.
A questão de habitação para juventude, para os cidadãos, independentemente da idade, é e deve ser uma preocupação do Estado Moçambicano.
ResponderEliminaré um dos pilares de governação para uma sociedade.
Os suecessivos governos da frelimo, nunca tiveram uma política de habitação clara, muito pelo contrario, a maioria do combatentes, seus familiares e amigos, apoderaram-se de mais de uma casa...
Esta opurtunidade é para a classe Média e alta!
Porque não fazer como no passado? O Estado construir os chamados bairros populares com juros bonificados?
E porque nao construir fora das grandes urbes? Por exemplo, la no interior, onde se quer os jovens quadros se instalem para fomentar os chamados polos de desenvolvimento?
ResponderEliminarEu ate dava o meu pescoco a cortar no dia em que essa "CLASSE MEDIA" fosse morar para o interior, longe da TV e da telefonia movel...
E voce?!
"a maioria do combatentes, seus familiares e amigos, apoderaram-se de mais de uma casa..."
ResponderEliminarAAAhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!
Apoderamento, roubamento...
Mas foi mesmo a maioria???
Ainda que mal pergunte.