Outros elos pessoais

11 maio 2010

Os vasos capilares do poder político (4)

Avanço na série.
Escrevi no número anterior que estava interessado em escrever um pouco sobre três instâncias que considero fundamentais no processo político de reprodução das relações de produção em Moçambique: igrejas, curandeiros e autoridades ditas tradicionais.
As igrejas são, regra geral, politicamente úteis. Por quê? Porque transferem para entidades supra-humanas e supra-naturais a responsabilidade pelos problemas sociais: os maus espíritos dos Zione, o diabo das igrejas milagreiras do tipo Igreja Universal do Reino de Deus.
(continua)

1 comentário:

  1. A igrejas (também incluo as mesquitas) acabam funcionando como a aspirina do Governo. Se as coisas andam mal, lá vem o mau espírito. Quando andam bem, Deus quis. Muita das vezes a incompetência e/ou competência é avaliada em função do contacto que as pessoas travam com à religião.

    De facto, a avaliar pelos milagres da IURD, que mal consegue curar os crónicos problemas do seu baluarte, em Brasil, fácil foi a sua implementação no país com promessas, algums, absurdas! Nada contra esta ceita, pelo contrário, têm uma coisa que eu admiro, incentiva a auto-estima, luta por mostrar aos seus crentes que tudo é possível, para acreditar, mas quando o "negócio" é dinheiro, dizimos, invenção de curas, aí o "negócio" pega fogo.

    Zicomo

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.