Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
02 maio 2010
Dói
9 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Já ontem tinha me referido a isto, as crianças estão órfãos do Estado. Isto não pode continuar. Há que denunciar esta realidade cruel. Este Diário está de parabéns.
ResponderEliminarZicomo
NB: Professor, era de opinião que se ocultasse a matricula do caso na imagem...
Tomara mesmo que ela ajude, levando em conta que não se trata de um "caso de polícia", como querem muitos de nós.
ResponderEliminarLá está a tradução indesejada que o meu computador faz, outra vez a trair-me. "Carro" e não "caso".
ResponderEliminarConsta que a criança na imagem é albina. Chamo a atenção do meu colega Belegarde, membro da recente associação dos albinos, para olhar por esta situação. Claro, é um mal que não escolhe a cor, etc., pelo que insisto que o governo deve dar espacial atenção nestes casos.
Se calhar por ser pai, esta situação choca-me. Uma criança indefesa entregue ao destino, ao diabo. Meu santo Deus!!!
Zicomo
É de uma crueldade desoladora a condição das crianças desprotegidas, sobretudo aquelas cuja doença as torna alvo de discriminação... Obrigada por partilhar connosco as suas vivências do quotidiano. Sou particularmente sensível à questão dos albinos em Moçambique e eu própria tratei muitos de queimaduras solares e afins quando lá trabalhei.
ResponderEliminarP. Lopes
no Brazil, a ex governadora do são Paulo(se não me engano) apelou aos cidadaos para que nao dessem gorojetas as crianças que estao nas ruas porque a maioria sao usadas por pessoas maior de idade principalmente homems, e dito feito as crianças disapareceram das ruas porque ja nao tinham lucros os usuarios e violadores de menores.
ResponderEliminarso que a diferencia é que no Brazil existem leis para ese tipo de abusos, emquanto que este Pais os 15%(dum certo partido) donos nao se ligam para isso porque os filhos crescem na Europa.
quanto a matricula não é visivel
Caro P. Lopez,
ResponderEliminarO albinismo é uma predisposição genética (dependente da combinação dos genes dos pais) e não uma doença adquirida. Por isso nenhum albino deve ser tratado como doente! A causa é um defeito na produção de melanina, responsável pela ausência total da pigmentação da pele, dos cabelos e a cor rosado dos olhos. Os albinos não sofrem devida a cor de pele, sofrem devida a exclusão social, preconceitos e discriminação. São o Estado e a sociedade civil (tu e eu) que devem garantir, a dignidade humana, boa alimentação, serviços de saúde, segurança e uma vida digna dos albinos, mesma da menina albina na foto. Porque segunda a Declaração Universal dos Direitos Humanos, artigo 16, nem a cor da pele, nem a raça tem importância.
Oxalá
Já da última vez o Governo foi de favor (Ministra da mulher e acção social)da Primeira dama! para a cerimónia da Crans Montana como é que vai fazer face a esta situção? esta situação é chata e constrangedora, será que este ministério tem espaço para funcionar? ou então acabamos com esta fachada e passamos todos os rolls e status para o gabinete da esposa da primeira dama porque de facto este é que está a trabalhar!...
ResponderEliminarEu gostaria de poder dizer umas coisas muito mais desagradaveis a respeito desta situacao. Mas vou abster-me para nao me incompatibilizar com os que me antecederam...
ResponderEliminarMas de uma coisa me lembro. A uns anos atras, em Nampula, a edilidade reuniu todos os comerciantes, ONGs, pobres e mendigos da cidade para lhes informar o seguinte: todas sexta-feiras, num determinado local central da urbe, todas as oferendas seriam distribuidas publicamente aos mais necessitados, com uma condicao: NAO MAIS deveriam pedir esmola nos farois, nem ATACAR TURISTAS para lhes extorquir centavos de dolar. E parece que resultou, ate se descobrir que 50% dos mendigos eram toxico-dependentes, chulos, alcoolatras e vadios por opcao. Portanto, uns "folgados"!
Por isso, prefiro ficar-me por aqui...
E preciso descomprimir as urbes. O governo tem que assumir as suas responsabilidades sociais e legais.
P.S.
Professor, logo no primeiro cruzamento logo a seguir a portagem da Matola, na auto-estrada em direccao aquela urbe, instalou-se no farol, a umas tres semanas, uma senhora em cadeira de rodas que comanda meia dezena de andrajosos petizes que investem incessantemente contra os automoveis que param no vermelho, correndo risco de vida e atrapalhando o transito. Esta e uma situacao inedita, que nunca vi ali acontecer. Mas que sucede, porque, ao que parece ser "pedinte de farol" tornou-se numa profissao digna de salario minimo.
Caro comentador nº 6 deste post,
ResponderEliminarSe voltar a ler o meu comentário vai perceber perfeitamente que não considero o albinismo uma doença adquirida. O que está escrito é que tratei muitas queimaduras solares nos albinos e não a doença, que obviamente não tem tratamento.
Quanto à sua afirmação de que se trata de um problema exclusivamente social, permita-me que discorde. A discriminação é um problema grave, mas os albinos sofrem também de muitos problemas médicos, como as queimaduras, a retinopatia, que pode levar à cegueira e cancros da pele e portanto precisam de assistência médica regular.
Atentamente
P. Lopes