Outros elos pessoais

29 março 2010

Quando a pobreza não escolhe a "raça"


Existem milhões de pobres na África do Sul. A foto em epígrafe pertence a um trabalho da Reuters que descreve e analisa a vida dos sul-africanos pobres que, na maior parte Afrikaners - descendentes de Holandeses e Franceses -, vivem no Coronation Park, em Krugersdorp, oeste de Joanesburgo. Os 29 comentários existentes até ao momento em que escrevo esta postagem, são muitos ricos nas percepções regra geral racializantes, especialmente na emotividade, agressiva ou defensiva, condenatória ou compreensiva, actual ou retrospectiva, dorida ou conformada. Aqui. Free Translation

9 comentários:

  1. E verdade, ja me cruzei, ainda em 1992, com esta gente nos farois de JHB pedindo esmola...

    Tambem fiquei espantado. Mas depois explicaram-me que o problema da pobreza na Africa do Sul deriva do proprio Capital.

    Portanto, atinge transversalmente todas as racas, pese embora, em termos absolutos, a populacao negra dos townships viva em condicoes inimaginaveis ate em Mocambique.

    Les Miserables...

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  2. Karim,

    Eu já sei para onde é que me quer levar.

    Como tenho "aquele vírus" de dizer a verdade e porque só sei dizer o que penso, tanto de dia como de noite - sem rodeios -, acho esta uma situação triste. Tudo o que é pobreza me comove.

    Eu bem sei quão duro é viver de joelhos...quando os líderes se preocupam cada vez mais em construir castelos, enfim, a reproduzirem tipos e tipos de armamento com fins conhecidos!

    Zicomo

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  3. Muito bom, Viriato,

    Estou satisfeito pelo facto de voce sentir algo mais... compaixao talvez, pelo proximo... sem considerar a cor da pele.

    Estou satisfeito mesmo... o menino Viriato esta crescer...

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  4. Os nossos Lideres, os filhos, primos e tantos outros que detem o poder neste País são um bom exemplo dos detentores desses castelos, pálácios Viriato!
    Até fora de Moçambique...
    A este proposito, sabias que vao construir um hotel de ººººº stars na parte da marinha?
    Onde é waterfront hoje?
    Finalmente os indianos conseguiram...

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  5. Karim,

    Se quiser brincar, cantar ou dançar, por favor ecreva para: viriato_caetano_dias@yahoo.com.br, e deixa espaço para que outros participantes debitem às suas iedias.

    Neste endereço pode o chamuale, querendo, dizer o que pensa e quando quiser. Usar este Diário para brincadeiras de "Tom e Jerry" não lhe fica bem.

    Eu não tenho nada contra as pessoas de cor branca. Não sou racista. E não me venha apodar estes adjectivos.

    O chamuale sabe muito bem de quem sou contra. Escuso-me aqui de mencionar nomes. O expoente máximo desses é o Bush. Em momento algum terei dificuldade de lhe dizer isso. A estes eu chamei de "leões indomáveis."

    Por isso, se quer mesmo saber, adoro Mugabe. É um daqueles líderes que faz aquilo que gosto. Ali que aplaudo. Aquilo que eu faria. O problema é que o chamuale Karim, como a maioria, não conhece os indomáveis, por isso assume de animo leve os meus comentários.

    Que pena! Zicomo

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  6. Esta gente, os leões indomáveis, só têm uma coisa, RACIONAL, a fazer.

    Emigrar para a Europa, Austrália, Canadá, USA, Brasil, Nova Zelândia, e similares.

    Têm que encarar a realidade.

    Porque os últimos, se os houver, serão colocados no Kruger Park, como atracção turística.

    Alguns até poderão ir parar à Gorongosa, a exemplo de outros animais - elefantes, zebras, hipopótamos, etc,...

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  7. Linette,

    "Finalmente os indianos conseguiram..."

    Nao sei se sao Indianos... a embaixada da India ja reagiu uma vez alegando estar se a confundir aziaticos com Indianos.

    Ate podem ser, nao sei.

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  8. Este, e um dos exemplos que exponenciam a pobreza de um pais:

    "Eskom da África do Sul defende
    Contratação de mão-de-obra chinesa não qualificada
    Pretoria (Canalmoz) - A empresa fornecedora de electricidade da África do Sul, Eskom, defendeu a decisão de importar aço no valor de 200 milhões de randes e de contratar trabalhadores chineses para a construção de instalações subterrâneas destinadas a sistemas de bombagem. O projecto de construção, em curso nos limites das Províncias do KwaZulu-Natal e Free State, insere-se num esquema de associação em participação entre a Eskom e a CMI. A CMI é constituída pela empresa sul-africana, PG Mavundla, e a firma italiana, CMC di Ravenna & Impregilo.
    Reagindo a críticas, a Eskom disse que “presentemente, a CMI dispõe de uma força laboral que excede os 2 600 trabalhadores, 86% dos quais são sul-africanos, 1.4 % italianos e 10.7% de outras nacionalidades, incluindo chineses.”
    Quanto à importação de 17 000 toneladas de aço, que de início estava para ser fornecido pela empresa sul-africana, Murray & Roberts, a Eskom disse que foram considerados diversos factores, incluindo o preço e aspectos técnicos.

    (Redacção / Business Report)"

    Nos primordios do Apartheid, quando a RSA apelou para um amplo projecto de industrializacao e empowerement dos Afrikaans, o Estado subsidiava a industria local de varias maneiras. Fosse com criterios de escolha preferencial, credito bancario bonificado ou ate participacao nos negocios.

    E assim nasceu a economia da RSA tal como conhecemos hoje.

    O paradigma do empowerement mantem-se. O conflicto criado pelo affirmative action e latente e reafirma-se vigorosamente nesta noticia.

    Quem e PG Mavundla?

    ver aqui: http://www.news24.com/Content/SouthAfrica/News/1059/b7a8d8676f0e490c8fe05df6f4b0d2b1/22-10-2009-10-24/Angry_ANC_man_burns_R2m_truck

    O que e a Murray & Roberts?

    ver aqui: http://www.murrob.com/au_exco.asp

    Quanto a CMC di Ravenna & Impregilo, sao os nossos velhos conhecidos construtores de estradas de asfalto de manteiga, com seis meses de vida e que ganhavam ate uns poucos anos atras todos os concursos do genero, mesmo cobrando o dobro.

    Seu lugar, foi agora ocupado pela CHICO (chinesa).

    Cor diferente, mas o cheiro e o mesmo.

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