Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
14 março 2010
Burca
23 comentários:
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A Mulher no Islam, deve evitar mostrar os seus atributos aos demais nao familiares, por Respeito.
ResponderEliminar'E contestado no mundo, porque actualmente choca com a questao da identidade pessoal, relativamente ao terrorismo.
Complexo para discutir em funcao ao mundo actual, e a dinamica actual dos conflitos, principalmente a campanha anti-islamica de terrorismo.
No entanto o Islam tambem 'e claro relativamente as leis de paises nao muculmanos, ai nos paises nao muculmanos, o muculmano deve respeitar as leis, regras e regulamentos do pais de onde reside.
a barba 'e Sunnat, que significa uso e custume do profeta Mohammad. mas, os inimigos do Profeta tambem tinham barba.
o "chifrudo" 'e especialista em identidades, segundo o Islam, ele pode estar na burca, com barba, batina, ou ate ser intelectual ou chefe de estado elegante.
Em defesa da religião, grande Karim. Viu, quando a se mexe com a nossa religião, ai saimos em sua defesa e com a mais brutal das fúrias. O ser humano, é melhor nem falar.
ResponderEliminarZicomo
Viriato,
ResponderEliminarEu nao estou furioso, estou bastante grato ao Senhor por me ter iluminado, de modo que eu consiga descernir entre o certo e o errado.
Nao vejo defesa aqui, dou uma leve explicacao do mundo Islamico na optica individual.
E grato tambem ao Professor, por permitir explanar o meu ponto de vista, eu nao sou o todo certinho, muito menos perfeito, e muito longe de ser exemplar, sou um simples muculmano, que tenta encontrar-se num mundo multi-religioso.
Sou Muculmano, nao sou cego, nem terrorista.
Tenho quase certeza que o sr. Karim vai comentar neste post, então vou aproveitar para deixar um recado:
ResponderEliminarOs estudantes da AEU precisam falar com alguém da GRINGO a respeito do tema da televisão iniciado aqui:
http://oficinadesociologia.blogspot.com/2010/02/televisao-e-poder-simbolico-1.html
Eles querem mais detalhes para fazer o estudo das possibilidades... Eu falei com eles da sua ideia porque eles tem maiores capacidades de procurar estudantes capacitados, falar com a reitoria e a CEA, etc... Só que aparentemente eles não acreditam muito no que eu falo(tenho fama de mafioso e nem sabia, se calhar) e querem certificar com alguém mais sério...
Existe possibilidade de alguém da GRINGO o representar aqui num encontro com a Associação de Estudantes?
Calma Karim,
ResponderEliminarEu não disse que V. era terrorista, muito menos o gorrila do conhecimento, como alguns que só acordam quando o tema é homossexualidade.
Eu não estou contra a religião islâmica. Os muçulmanos, maziones, "Deus quer filho", "apaga a luz", adventista, 7 dias, 7 noites, católica, etc., tem todo o direito de exercer o seu negócio.
Até que gostei da forma como o Karim colocou à questão. Mas, cá entre nós, foi tão rápido demais para sair em defesa da sua cultura sobre a qual, repito, não tenho nada contra. Véu, que saiba, é o útero do islamismo e eu não tenho nada contra.
Tenha bondade, chamuale, sou do bem. E apoio incondicionalmente a acção de alguns terroristas e posso justificar porquê, quando quiser.
Zicomo
Viriato,
ResponderEliminarEu sou sempre rapido a responder.
Elisio,
Vais ser contactado depois de 22 de Marco.
Viriato desculpe-me meter a foice em seara alheia, mas não me parece ter sido feliz com a afimação....tem todo o direito de exercer o seu negócio.
ResponderEliminarAinda que possa concordar que algumas igrejas possam basear a sua prática no negócio...meteu todas as religiões e seitas no mesmo saco. Se queremos respeito...temos que respeitar.A religião deve ser discutida como qualquer outro tema - abertamente.MAS COM RESPEITO.
Depois a sua última afirmação, para mim grave demais e....nem sequer quero saber bdas suas justificações porque para mim serão inaceitáveis, como o é o terrorismo
MC
Ok, Karim....
ResponderEliminarEntrego à mão à palmatória.
Agora, se as igrejas não são negócios, por amor de Deus, Karim, o que são? Quando o ouro entra pela porta das catedrais, sai a fé pela janela, disse Hernani de Carvalho.
E alguém te dúvida disso? Volte à Idade Média e até a afirmação do Renascimento. Ou seja, veja o curso do mundo. Como dia o meu professor Mataruca, igreja é coisa boa, mas é sempre melhor evitar procurar saber certas coisas....grande Mataruca.
Vou calar.
Viriato,
ResponderEliminarfoi voce que disse que religioes sao negocio, voce as tratou como negocio. nao eu.
Reformule a pergunta se faz favor.
Karim,
ResponderEliminarEu disse e repito, todas as religiões são negócio.
Há um contrato entre elas e seus crentes. Uns prestam o culto, e outros o dízimo ou qualquer outro imposto, sempre em vantagem dos primeiros, uma vez que a fé é sempre subjectiva.
É preciso ter coragem de admitir isso. Nunca as religiões funcionaram sem pessoas, sem dízimos, sem apoios, nem nada. Somos nós, os crentes e não crentes que fazem andar a máquina religiosa.
Aqui sou obrigado a concordar com a Professora Alda Saúte, que disse que a escravatura foi, em parte, promovida pelaz religiões. O que é verdade. Por isso, temos que ser coerente em admitir isso.
Eu, animista ontem, católico hoje, concebo a religião desta forma. Se estou errado, meu Santo Deus, o que posso eu dizer perante este dogma.
Zicomo
Viriato,
ResponderEliminarVou tentar-te explicar a optica Islamica do negocio.
A regra de base do negocio 'e " sede Justos no Peso e na Medida."- Al Qur'an.
apartir dai, 'e Livre Arbitrio, assim como noutras escrituras sagradas.
Agora a questao das cobrancas:
1- no Islam, os pobres estao isentos de pagamento de qualquer taxa.
2- O Islam esteve ligado 'a abolicao da escravatura.
3- os pobres tem direito ao Zackat que sao 2.5% obrigatorios do capital de cada Muculmano que tenha acima do minimo para viver condignamente ( regrar estabelecidas para defenicao exacta do viver condignamente sao claras tambem no Islam ). aqui funciona o Livre Arbitrio onde voce Muculmano com condicoes financeiras pode fugir a obrigacao de pagamento dos teus 2.5% do teu capital, mas nao deve.
nao conheco religioes que exigem pagamento aos mais necessitados, porque considero religiao dar aos mais necessitados, e ai estou em concordancia com outras religioes tambem.
"Dai de comer a quem tem fome" - 10 Mandamentos- Judaismo
" alimentai ao necessitado " - Biblia - Cristianismo.
E sempre bom lembrar o que eu disse aqui: http://oficinadesociologia.blogspot.com/2010/03/papa-redefende-celibato.html
ResponderEliminarPara saber o que religiao e o que e fe.
Que alguém (mesmo que seja um desprezível anónimo) avise o Mundo, quando aparecer quem apoie terroristas...
ResponderEliminarSe assim fosse teríamos os staff das igrejas / mesquitas pobres. Só a cobertura da residência do papa, que até tem locais para vomitar, bastava para diminuir a pobreza no mundo.
ResponderEliminarNem o islamismo, nem o Mazione, nem a Católica todos jogam batota negócio. As igrejas / mesquitas existem para isso.
A história está cheia de casos desses. Porém, há umas melhores que as outras. Depende do rótulo. É como lotaria, depende da sorte.
Zicomo
Viriato,
ResponderEliminarNao gosto de terrorismo e nem de seus apoiantes, nem mesmo de negociantes da fe, quer eles sejam multi-religiosos ou multi-coloridos.
A minha praia 'e outra.
Fico por aqui.
Se elas não concordão que lutem, quem cala consente prof.
ResponderEliminarDeveras interessante, mas
ResponderEliminarpasso.
Professor,
ResponderEliminar"Meias verdades nao esclarecem, so confundem." - Esta frase tem dono.
Professor Serra, a problemática do uso da burca na actualidade, não tem muito a ver com a religiao em si (ou assim não devia ser), mas sim com o encontro e "choque" entre diferentes culturas.
como o Karim disse e bem, "A Mulher no Islam, deve evitar mostrar os seus atributos aos demais nao familiares, por Respeito." Acho que não só é assunto só do islam, mas também do cristianismo (vejam-se as irmãs usando lencos nas cabecas e outras vestes).
Quando se trata de cobrir o corpo, a mulher no islam tem ao seu dispor a burca, o niqab e o hijab (o Karim pode explicar melhor a diferenca entre estas três vestes).
O Mocambique criado pelos "indomáveis" é parte da cultura ocidental que tem o rosto como o nosso cartão de visitas. Quando podemos ver o rosto do outro, sentimo-nos tranquilizados porque podemos decifrar os seus sentimentos de dor, frio, gosto, etc, etc. Quando apertamos a mão à alguem, não é a mão, mas é o rosto que olhamos. Daí o nosso desconforto quando estamos perante uma pessoa marcarada ou vestida de burca.
A burca tem sido muito debatida em muitos países europeus tais como: Holanda, Franca, Dinamarca, Noruega, alguns destes países tidos como muito tolerantes em relacão aos imigrantes, mas que devido aos ataques terroristas dos últimos tempos e ao medo criado entre os seus habitantes tem-se legislado no sentido de proibir o uso da burca em locais públicos.
No caso mocambicano, o problema não tem a ver com a religião em si, mas com a não possibilidade de lermos e interpretar os sentimentos do outro (penso eu de que).
AAS
P.S. no debate sobre a homosexualidade o Karim referiu que gostava era de mulheres e não de homens, eu também gosto é de mulheres lindas delábios carnudos e bundas gelatinosas (que a burca e o niqab escondem).
E por falar em Indomáveis...
ResponderEliminarFazendo uma retrospectiva, e tendo vivido 7 anos em Nampula, já adulto, conhecendo a Ilha, Angoche, Nacala, para referir apenas as mais importantes urbes;
Pemba e Quelimane;
não me lembro de ter visto alguma vez uma burca!!!
Mas também em Portugal, e desde 1979, e "conhecendo" muito bem quase TODO o território, também não me lembro de ter visto alguma vez uma burca!!!
Alguém ajuda a compreender este "fenómeno"?
umBhalane,
ResponderEliminarConflito civilizacional, seria?
Parece-me evidente que o uso da bhurka e um pequeno detalhe desses grandes detalhes de que e feito o nosso mundo global contemporaneo.
Por acaso, em 1979, na Ilha de Mocambique, onde o meu irmao trabalhava com regente agricola, cruzei-me com mulheres de cara tapada. Mas viam-se os olhos delas. Dizia-se localmente que vinham das Comores ou Zanzibar. Portanto, perfilhavam rigidamente as tradicoes arabes que ainda caracterizam essas duas ilhas.
Ja na Africa Ocidental (Tuaregues do Niger e Mali sobretudo) os homens e mulheres andam sempre de face coberta. Tambem sao muculmanos. Mas la, a tradicao tem origem no clima agreste do deserto do Sahaara. Torrido durante o dia. Glacial durante a noite. E com muitas tempestades de areia. Com um detalhe interessante: alguns tuaregues bebem alcool, justamente por causa do clima. Mas o Corao e contra.
Ricardo
ResponderEliminarEm Moçambique, até JUL79, nunca vi uma mulher com bhurka, mas tomo a devida nota do seu testemunho;
E em Portugal, até hoje, MAR10, também não.
Fiz propositadamente o contraponto, para não poderem culpar o colonialismo, fascismo, pide/dgs, capitalismo, indomáveis,...etc...
No Portugal de Abril, e quase em Abril em Portugal, desconsegui de ver ainda - eu.
E a Comunidade Muçulmana Portuguesa, a quem endereço um forte abraço, não é nada pequena.
E isso “intriga-me”.
Uma opiniao interessante:
ResponderEliminarhttp://blogs.estadao.com.br/gustavo-chacra/alguns-jovens-muculmanos-e-ou-arabes-tam/?replytocom=23142
E tambem, usos e costumes de povos do mundo, um assunto que me fascina:
http://www.rituais.com/Paginas_I/Povos_e_Culturas.htm#Grupo19
Obrigado.
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