Construtor de condutas, o poder simbólico faz a economia do poder físico. A televisão é um campo privilegiado desse poder. Em que sentido? Enquanto campo saturado de densidade política, mesmo quando os seus universos de comunicação são sóbrios e surgem como neutros ou como mero produto empresarial. As diferenças programáticas entre, por exemplo, uma TVM e uma STV, não escondem a sua identidade comum enquanto construtoras de condutas politicamente acomodantes.
Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
09 fevereiro 2010
Televisão e poder simbólico (1)
Construtor de condutas, o poder simbólico faz a economia do poder físico. A televisão é um campo privilegiado desse poder. Em que sentido? Enquanto campo saturado de densidade política, mesmo quando os seus universos de comunicação são sóbrios e surgem como neutros ou como mero produto empresarial. As diferenças programáticas entre, por exemplo, uma TVM e uma STV, não escondem a sua identidade comum enquanto construtoras de condutas politicamente acomodantes.
9 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Elementar, caro Professor. Elementar.
ResponderEliminarFala sempre a voz do (mesmo) dono.
E patrão é patrão!
Sim, elementar. Mas nem todos apreciam as coisas elementares.
ResponderEliminarAcredito que deve haver espaco...
ResponderEliminarpara alternativa, dos nao acomodados...
Lamento decepciona-los.
ResponderEliminarEm Mocambique, "alternativa" so por cabo ou por satelite. E ainda assim, muito lixo cultural e ate noticioso, carecendo de potentes filtros.
Porque, como diria Raul Gil, apresentador brasileiro, em Televisao nada se inventa. Apenas se transforma o que HA em algo novo.
A alternativa a isto e desligar o aparelho e ler um bom livro.
Entao os nao acomodados estao mal...
ResponderEliminarTem que se acomodar... agora problema fica complicado...
...depois...acomodar como...? sentar...so sentar...assistir...? sem querer...?
Concordo com o Ricardo, nós não temos quase nenhuma alternativa aqui.... Só por cabo ou por Satélite...
ResponderEliminarO Problema, quantos de nós podemos ter este previlégio!! Lembro-me que tinha de ir para casa de amigos, se quisesse ver alguma programação interessante na TV.
Agora... Só Internet mesmo....
Engraçado: Agora mesmo que escrevo este comentário, estou no cell com alguém que está a ver novela brasileira na STV, no outro lado da linha!!! E eu, a ver meu canal preferido do Youtube: http://www.youtube.com/user/direstraits25
Elisio,...nao queres chekkar isso... quais sao alternativas pra uma plataforma de comunicacao... ideias... assim ... mocambicano...integrado....jovem...estudantil... educativo...fashion...
ResponderEliminarVou procurar um exemplo prático de um programa assim, e vou citar no próximo número da série!
ResponderEliminarSou da opinião que o problema das televisões está no modelo economico. A forma como eles fazem dinheiro. No mundo inteiro, o dinheiro das televisões provem maioritariamente das publicidades, por isso há uma constante luta pelas audiencias para se poder exigir valores mais altos por 30s de publicidade. Em Moçambique é impossível saber em cada meia hora quantas pessoas estão a ver um determinado programa ou canal, o que dificulta poder-se se exigir muito dinheiro pela publicidade. Fora o facto de serem poucos que fazem marketing na televisão, reduzindo-se as grandes empresas publicas ou privadas.
ResponderEliminarEnquanto as TVs dependerem das votacoes por sms, das mensagens de rodapé, jamais teremos uma programação de qualidade, porque será tudo feito com o intuito de se fazer as pessoas votarem.
Até hoje por exemplo, não entendo porquê as estações de TV não possuem linhas verdes para onde os telespectadores que queiram participar nos debates ao vivo, possam ligar e dialogar. Resultado: acaba ligando gente burra que pouco de valor tem para contribuir.
A STV a dois, tres anos atrás, estava num bom caminho, mas desde que atingiu a liderança estagnou, todos anos é um repeat da programação, só vai adicionando programas de debate onde as pessoas falam e falam e falam, e gasta dinheiro nas iniciativas de "responsabilidade social". Eu sou da opinião que fazer-se boa televisão já é em si responsabilidade social.