Os factos sociais devem ser tratados como coisas, escreveu um dia o sociólogo francês Émile Durkheim. Sem dúvida que é um princípio fascinante. O problema, porém, é que os factos não existem em si, não nascem nem medram por geração espontânea. Os factos sociais não nascem fora do social, não estão à mão de semear, não são genéticos, não correm nas nossas artérias. Não são factos porque são factos, são factos porque são sociais. A construção social (classista, nacional, étnica, religiosa, racializada, etc.) dos factos, a produção do seu sentido e da sua pertença, do seu valor e da sua utilidade - eis o facto mais histórico, mais permanente e mais conflitual da história da humanidade.06 fevereiro 2010
Factos sociais
Os factos sociais devem ser tratados como coisas, escreveu um dia o sociólogo francês Émile Durkheim. Sem dúvida que é um princípio fascinante. O problema, porém, é que os factos não existem em si, não nascem nem medram por geração espontânea. Os factos sociais não nascem fora do social, não estão à mão de semear, não são genéticos, não correm nas nossas artérias. Não são factos porque são factos, são factos porque são sociais. A construção social (classista, nacional, étnica, religiosa, racializada, etc.) dos factos, a produção do seu sentido e da sua pertença, do seu valor e da sua utilidade - eis o facto mais histórico, mais permanente e mais conflitual da história da humanidade.1 comentário:
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Grande Aula, Professor.
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