Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
02 fevereiro 2010
Banalização da morte e da piedade
4 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Talvez pudessemos a acrescer o exemplo do Haiti, analisando o tipo de jornalismo feito no local por dois gigantes da Televisao: a CNN e a AlJazeera. Enquanto que a primeira estava mais preocupada em destacar os esforcos que o mundo ocidental "estava fazendo" para responder a tragedia. A segunda mostrava "in-loco" o que se passava nas ruas caoticas de Port-Au-Prince entrevistando toda gente. Enquanto que a primeira mostrava as levas de desgracados a lutar por comida. A segunda entrevistava herois anonimos vindos de todo o mundo que levavam ajuda humanitaria ao interior da capital e arredores, sem serem violentados, enquanto se especulava na sede da ONU "as precarias condicoes de seguranca" para se ajudar as vitimas do sismo.
ResponderEliminarE como vimos, pessoas foram salvas 15 dias apos o terramoto. Se aquela gente toda tivesse avancado mais cedo, muitas mais vidas teriam sido salvas. Mas qual foi a media que EXPOS esta vergonha?!
O Sensacionalismo e que manda. O jornalismo da sem-mascara para expor a realidade esta em extincao.
E a opiniao publica e moldada pelo que ve, ouve e le nos media, por isso, esta e um canal de transmissao privilegiado para difundir causas justas ou injustas, custe o preco que custar.
Excelentes exemplos.
ResponderEliminarTalvez seja exatamente por causa dessa banalização do sofrimento, da cauterização da nossa mente e das nossas emoções ante ao horror e a dor, que tais notícias só chegam a nos chamar atenção quando anunciadas com sensacionalismo. Parece mesmo que anunciar um dado, um número, um fato trágico ou alarmante não faz mais ninguém refletir ou sentir algo.
ResponderEliminarNós somos as aves de rapina que se alimentam de carniça, não a mídia. Nós e eles somos o mesmo, afinal.
Pois é Prof. Também acredito que essa linha de pesquisa seja iniciada, especialmente para tentarmos perceber porque é que quando algumas pessoas decidem abandonar uma competição após um atentato que deixou mortos e feridos graves, estas são sujeitas a penas pesadas. Falo do caso do Togo que foi suspenso por 2 campeonatos africanos e ainda sujeito a uma multa em dinheiro. Será que já nao temos o direito de chorar os nossos mortos?
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