Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
26 fevereiro 2010
15 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Professor,
ResponderEliminarQueria propor em meu nome pessoal, ao nosso governo de Mocambique e face 'a situacao actual do pais :
1-Pena de Morte para os criminosos contra Humanidade ( por asfixia ou apedrejamento).
2-Pena de Morte para pedofilos, rapto e trafico de menores.
3- Pena de Morte para contrabandistas de drogas pesadas.
Oh Karim, isso nunca!!!! Sejam quais forem os crimes a pena de morte JAMAIS!
ResponderEliminarMas como também fico com maus fígados com determinados crimes.....prisão perpétua com trabalhos forçados......e sou eu defensora dos direitos humanos...mas com alguns crimes como a pedofilia....
Depois podes ter a certeza que inocentes morrerão...ai será por culpa do Dr. Karim.
ResponderEliminarMantenho e Reafirmo a minha proposta e como tal possivel de analize e consideracao da Anistia Internacional.
ResponderEliminarEntão prepara-te para receber críticas dos teus e nossos pares (amigos). É proibido neste mundo discordar da maioria, viste o que aconteceu comigo quando vezes sem conta defendo a introducao da ditadura democratica. Até por defender o meu ídolo, Mugabe, tenho estado a receber coroa de espinho.
ResponderEliminarZicomo
com execucao rapida apos o julgamento.
ResponderEliminar'A vossa consideracao.
Nem uma coisa nem outra. Aqui destrinço duas situações:
ResponderEliminar1- Do ponto de vista social, um problema de classe. Onde a classe média (hoje, a mais visivelmente atingida pela criminalidade), vendo-se ameaçada pela ralé, impõe novas fonteiras para preservar o "status-quo", por um lado. E isso, pode ser até a Pena Capital. Por outro, a adopção de uma solução extrema que convidará a classe dominante a reflectir sobre as novas relações de poder que ela própria imporá a sí mesma, pondo em confronto as perspectivas totalitária e a liberal. A brincar, a brincar, Max Gonzaga fez uma música mesmo a propósito;
2- Do ponto de vista jurídico, o endurecimento da moldura penal, que os comportamentos desviantes em sociedade obrigam. Mas desta feita, com uma nova abordagem. Por exemplo, eu achei interessante, a solução encontrada por alguns países nórdicos para acabar com a prostituição nas ruas. Quando alguém for apanhado em flagrante delito, a penalidade maior vai para o cliente e não a profissional. Por essa via, as pessoas paulatinamente se sentirão desencorajadas a persistir na delinquência, permitindo ainda isolar os delinquentes e retirá-los da visibilidade dos media. Porque eles também precisam de marketing para serem temidos. Se fizermos um estudo à situaação de Moçambique, somos levados a concluir que:
"1-Pena de Morte para os criminosos contra Humanidade ( por asfixia ou apedrejamento).
2-Pena de Morte para pedofilos, rapto e trafico de menores.
3- Pena de Morte para contrabandistas de drogas pesadas."
Só têm respaldo local, porque (1) há condições para se criar ditaduras que geram conflitos e alimentam ódios, que depois despertam este tipo de crimes contra a humanidade. Vide a génese dos casos Ruanda, RDC; (2) só há pedófilos, porque há mercado para a escravatura branca. Se o caso DIANA estivesse a ser julgado em Moçambique, a absolvição era garantida. E mesmo na RSA, questiona-se os resultados do mesmo. Portanto, os cabarets, sex shops, produtores de filmes pornograficos, deveriam ser sujeitos a altas cargas fiscais para secando o seu negócio, não dar azo ao fenómeno da escravatura branca; finalmente (3), com as drogas, o raciocínio é similar. Recordo do saudoso Carlos Cardoso, que me dizia "olha, no dia em que se legalizar o uso da droga no mundo, como fizeram com o alcool, o seu preço irá baixar tão drasticamente, que o negócio da droga deixará de ser lucrativo". E com isso, a diminuição de crimes de tráfico, digo eu.
Em suma, quer seja por classe, ou por moldura penal, o factor económico é a chave do problema. É por aí onde se deve começar. Mas para se chegar a essa evidência, temos que estudar as sociedades desapaixonadamente e com o rigor científico adequado.
A exemplo do nosso caro Professor.
Aguardando anciosamente o vosso estimado parecer.
ResponderEliminarCumprimentos
Abdul Karim
A AI não podia deixar o Zimbabwe de lado. Este país, o seu azar foi de ter sido colonizado pela Inglaterra e de ter os recursos que tem. Que pena, tal como o Zimbabwe está o Congo, cujo território os indomáveis dizem que Deus terá se esquecido de lá ir, rico em tudo, mal terá paz. E quem financia? Este mundo estùa mesmo lixado. Sobre os EUA, a AI não disse nada, deve ter avariado o compputador na hora em que estava a construir este gráfico. Pode até ter dito, mas não da forma que esperava.
ResponderEliminarZicomo
A pena de morte é uma selvajaria, típica de Países não maturamente "civilizados".
ResponderEliminarE isto não tem nada a ver com religião (referi-mo à Cristã, obviamente).
A vida é um bem supremo, individual e inviolável.
Questão cívica.
Ricardo, boa abordagem ou por ela podemos dicutir muito mais.
ResponderEliminarViriato, uma boa réplica ao Abdul. Se um inocente for morto, quem assumirá a responsabilidade?
Micas, estou concordando contigo.
Por discutir:
Será que a pena de morte acaba ou reduz o crime?
Reflectindo,
ResponderEliminarBaseado na experiencia de paises onde ha pena de morte, sou levado a concluir que a Pena de Morte resulta no seguinte:
a) Reduz momentaneamente o crime, mas nao o erradica;
b) O crime evoluira sempre para uma faceta IN violenta e OUT soft. Da accao directa (gangsters) se caminhara para a accao indirecta (advogados, juizes e politicos). Mas o numero de vitimas se multiplicara, ate que o Crime se aperceba que minou totalmente os orgaos de repressao, para retornar a sua caracteristica inicial de crime violento. E o que se passa no Brasil. E para la onde Mocambique caminha;
c) A accao directa, agora circunscrever-se-a nas classes mais baixas da sociedade. Com uma particularidade, tantos a vitimas, como os prevaricadores usarao metodos ainda mais crueis, para nao deixarem vestigios (Decapitacao, Diluicao em Acido, etc) mas tambem para impor o seu poder pelo terror. Assim, um roubo de celular, pode resultar em morte. Da vitima, porque resistiu ao criminoso, logo este teve de mata-la. Do criminoso, se apanhado pelos amigos da vitima, para cortar o mal pela raiz. A LEI sera pura e simplesmente ignorada por este segmento social (Linchamentos).
Em suma, quer em Singapura, China ou Japao, a pena de morte nao resultou na erradicacao do crime. As mortes anteriormente causadas por um chulo violento qualquer, hoje sao obra da Yakuza e das Triades. E todo o aparelho judicial esta moldado para dar suporte as suas actividades. No caso da Russia o crime extrapolou para contornos politicos. Hoje confunde-se com a Guerra do Caucaso. Nos EUA, a UNIAO atirou a toalha ao chao na gestao carceraria. Uma vez impotente em controlar os comandos criminosos dentro das prisoes, hoje terceriza esta funcao de Estado a privados. E que acontece em Nova York. Com um detalhe, algums destes privados, teem como accionistas aqueles quem devem vigiar. Ironico, nao e?
Conclusao: o crime nao so nao acaba, como se torna ainda mais violento.
Dai eu defender persistentemente a minha abordagem conhecida por "SECAR AS FONTES NA ORIGEM" para remover os alicerces que sustentam o crime.
Podemos encontrar na internet muitos textos sobre a pena de morte e, especialmente, sobre se ela tem contribuído para reduzir a criminalidade. Um exemplo:
ResponderEliminarhttp://www.dhnet.org.br/direitos/penamorte/dalmodallari.html
Professor,
ResponderEliminarA pena de morte de inocentes por fome ?
A pena de morte de inocentes por falta de tratamento medico ?
A pena de morte de inocentes por asfixia ?
Essas nao sao penas de morte ?
ou a amnestia internacional esta especializada na defesa de juizes culpados e nao de inocentes condenados?
Porque 'e que a amnistia nao exige abolicao destas penas de morte ?... abolicao de penas de morte por fome...?
Porque 'e que a amnistia internacional nao da amnestia a esses condenados 'a morte por fome ?
A minha proposta 'e para culpados...de crimes odiosos... nao 'e pra inocentes... e nao tem caracter religioso.
Continuo anciosamente 'a espera do parecer da Amnestia Internacional.
Muito obrigado, umBhalane, e quem defende a abolição da pena de morte.
ResponderEliminarÉ uma pena, constatar que quem pretende por vezes ser poeta é afinal um monstro...