Correm apelos ao patriotismo, à cidadania, ao respeito pelos desejos do povo, à aceitação das regras do jogo win-win, à lhaneza comportamental.
Porém, o que está em causa na postura da Renamo de protesto contra os resultados das eleições de 28 de Outubro é uma coisa banal, banalíssima, é a exigência de partilha de poder, um protesto contra o jogo político de soma-zero, uma exigência de um outro tipo de jogo, o da soma não-zero.
Efectivamente, contra o jogo no qual o que um jogador ganha é directamente proporcional ao que o outro ou outros perde (m), a Renamo exige um jogo em que todos ganhem.
Provavelmente desta vez os jogadores da Renamo não tomarão mesmo posse. Se não tomarem posse, poderemos enfrentar no país uma situação política nova de contornos por agora imprevisíveis.
Adenda: uma questão perversa: se, por ironia do destino, o negociador do jogo político malgaxe, Joaquim Chissano, tivesse de arbitrar o jogo local, como procederia?
Perversa ironia se fosse Andry Rajoelina a negociar, isto é, a dar "música".
ResponderEliminarIsto tudo, tudo isto, é para levar a sério??? - meu esquema mental, claro.
Mas Samora dizia: Voçês, os brancos, não percebem nada de política africana (Almeida Santos)
Eu percebo, entendo,...um pouquito...mas desconsigo aceitar!