Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
05 janeiro 2010
Espantar-me na rua (13)
2 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
Retratos comuns da sociedade maputense.
ResponderEliminarCom efeito, a Polícia (Trânsito e Camarária) parece ter-se especializado mais em extorquir turistas na Quadra Festiva ou a multar ciclistas pasmados por circularem a 150 km/h(!).
Sempre me intrigou o modo selectivo como se reboca um infractor para o parque do Município num maranhal de veículos mal estacionados. Inclusive, já me pús a cogitar sobre quanto custa por todos os dias a "temível furgoneta" rebocadora a circular, 4 guardas armados, combustível e sobressalentes de lés a lés por Maputo inteiro, 365 dias por ano!
Mais valia usar bloqueadores de pneus, como aqueles do aeroporto de Mavalane, certamente mais baratos e fáceis de usar. Os quais, poderiam ser transportados por guardas em bicicleta ou até motorizadas.
Estou certo que o volume de receitas cresceria. E o respeito pelas regras de trânsito também.
Os parquímetros, para determinadas zonas a identificar pelo Município, também são uma saída airosa. Viver em cidade tem os seus custos. E quem tem carro, pode pagar. Quem não pode, anda a pé ou de transporte público.
Mas há outra faceta maputense que o V. relato mostra. O uso da ATM para encorajar o saque de NUMERÁRIO da Banca Comercial. Quando, em outros países, o Cartão de Crédito é o veículo preferencial nas transacções financeiras, uma vez que reduz o custo da emissão do Dinheiro pelo BANCO CENTRAL. Entre nós, a pouca fiabilidade do serviço, o vazio legal do mesmo e as taxas obscuras que aparecem no extracto bancário, afugentam o mais optimista dos clientes.
E porquê?
Porque a ATM viria a pôr a nú a falta de liquidez da nossa Banca Comercial. Mesmo com a limitação de quantias a sacar. O recurso ao "NÃO HÁ SISTEMA" é o que mais ordena, quando a procura é grande.
Quantas vezes é o dinheiro depositado " a la minute" que salva o dia dos desesperados funcionários bancários, que não sabem mais o que dizer a um funcionário público, exaltado, que naquela sexta-feira, pelas 15h30, é mandado voltar na segunda-feira, porque o Cartão está bloqueado ou ainda não foi entregue. Tudo por causa da liquidez deficitária da nossa Banca Comercial.
É uma situação que nenhum Banco moçambicano ainda é capaz de suster.
Que bom ainda se espantar com este tipo de situação. Isso é privilégio dos que ainda sonham. Dos jovens.Dos que acreditam que ainda é possível mudar determinadas situações.
ResponderEliminarQue bom Professor ainda se espantar.Felicito-o por essa sua capacidade sempre renovada