Outros elos pessoais

16 janeiro 2010

BM e perfomance logística de Moçambique


O nosso país ocupa o 136.° lugar (a África do Sul em 28.°) entre 155 países abrangidos por um estudo do Banco Mundial - ontem divulgado - sobre perfomance logística no concernente a eficiência portuária e comercial. Referência geral aqui, relatório aqui. Obrigado ao Ricardo, meu dedicado correspondente em Paris, por me ter chamado a atenção para o relatório através de um notícia da all.Africa.com.

4 comentários:

  1. Numa boa logistica esta a base de uma economia pujante. Nenhum governo responsavel pode "pensar" seu desenvolvimento sem uma base logistica solida.
    Noto que Portugal esta bem colocado (34), o que e bastante interessante, deveriamos aproveitar profundamente sua experiencia. A nivel de Africa, a RSA destaca-se, superando ate Portugal.

    Mocambique herdou em 1975, as bases de um sistema logistico razoavel, mas que foi desenhado para servir primariamente o hinterland (RSA, Rodesia do Sul, Zambia e Malawi).
    Havia ja uma planta de estradas, pontes e servicos de cabotagem maritima e fluvial dimensionada
    as necessidades da epoca, que, recorde-se conhecia ja uma certa industrializacao e especializacao
    do sector agropecuario. Mas a espinha dorsal, foi essencialmente apontada para o hinterland.
    Por diversos factores, nomeadamente a guerra, falta de manutencao e obsolencia do material, esta
    infraestrutura interna foi-se degradando e hoje, comprovamente, nao serve para mais nada. Tornando-se o custo de manutencao mais elevado do que os lucros de sua exploracao. Logo, tornou-se uma solucao deficitaria, encarecendo a jusante a toda economia que dela se serve. Ora, com custos elevados, nenhuma economia se ergue, porque a partida esta limitada pelo custo da sua producao. Como e obvio, o consumidor final ira procurar a fonte de abastecimento, onde a qualidade se acresce o custo-beneficio. Eis porque a RSA
    se tornou tao apelativa. O governo de Mocambique ate Paulo Zucula, andou a deriva neste assunto. Pois que, so foi com este ministro
    que se assumiu que a espinha dorsal do pais deveria ser reactivada e seu desenho para o hinterland
    calibrado mais na transversal. Tanto assim e que, existe hoje um plano para criar a linha ferrea do rovuma ao maputo, seu ramais provinciais. Silos juntos dos mesmas e aposta no multimodal, com o ferroviario e maritimo em destaque, porque atendendo a extensao territorial do pais, os melhores custos provem destas opcoes. Estradas NAO!!! So se for com portagens...
    Mas, ainda assim, os erros politicos de base continuam a ser cometidos. Porquanto, Mocambique ja demonstrou ser um mau gastador das ajudas para construcao de infraestruturas de comunicacao. Senao vejamos, quanto e
    que se gastou no ROCS I e ROCS II? E com que retorno? Mas acima de tudo, porque razao continua a haver
    no governo Mocambicano, dois ministerios que fazem o mesmo: 1- Obras Publicas (estradas, pontes)
    2 - Transporte e Comunicacoes (O resto)? Tendo em conta o paradigma do multimodal. Como e concebivel
    contruir uma estrada e nao contar com uma linha ferrea? Como e possivel construir um porto e nao
    contar com uma estrada? Contruir uma ponte (A.Guebuza) e nao contar com uma linha ferrea? Eis alguns
    exemplos por onde se deita fora o dinheiro.

    E isto e apenas o prelo.

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  2. Porque entendo eu, nesta fase de desenvolvimento, Mocambique deveria juntar os ministerios das Obras Publicas e o dos Transportes e Comunicacoes num so. Bem assim como, todos os organismos que estejam envovidos no desdobramento da infraestrutura logistica, criando um Ministerio da Infraestrutura e Equipamento e respectiva secretarias de Estado correspondentes a sectores especificos. Socorro-me do exemplo de alguns paises que hoje detem uma infraestrutura invejavel. Estudei em particular o caso da organizacao Todt da Alemanha Nazi que reergueu este pais e tracou as linhas mestras daquilo que viria ser a infraestrura logistica da Alemanha de hoje que e considerada a melhor do mundo. Note-se que, ate a RDA, teve uma infraestrutura logistica muito avancada.

    Com isto, ate o Ministerio da Planificacao e Desenvolvimento nao faria mais sentido existir. O que seria perfeito, pois emagreceria o Governo que ja tem ministros a mais.

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  3. O exemplo Alemao.

    Ate hoje seguindo as pegadas de Todt e a sua Autobahn.

    Hoje, a Politica de Transportes, a Construcao, a Habitacao e o Urbanismo e o Desenvolvimento Regional e Populacao estao aglutinados num so ministerio. Analise-se criticamente aqui:

    http://www.bmvbs.de/en

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