Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
27 janeiro 2010
393 mil hectares
6 comentários:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
E dizia alguem na nossa media domestica que madame Lulu saira humilhada do Governo! Bem gostariamos nos de ser humilhados com um cargo leonino na Portucel.
ResponderEliminarMas ha uma incorreccao na noticia. Eles nao veem plantar florestas. Eles veem "desplanta-las" para no seu lugar colocar eucaliptos, que consomem muita agua e secam os terrenos com o passar dos anos. Consta que e na Zambezia onde isso ira ser feito. Exactamente, la onde se reza aos antepassados para chover, mas que se destroi a floresta (conscientemente) patrioticamente. Tera sido coincidencia?
Consta tambem que, a industria do Papel em Portugal, esta no topo da lista dos maiores poluentes dos cursos de agua lusos. E pelas normas ambientais de Bruxelas, certamente ficaria a perder muito dinheiro em custas ambientais. Adivinhem la onde e que isso NAO ACONTECE?
Da Amazonia nem vale a pena falar. Desde de Chico Mendes teria sido uma comedia se nao fosse tragico. E isso, dizem-no mesmo os ricacos da California que compram autenticos pulmoes verdes no Brasil, justamente "a unica saida para defenderem o maior patrimonio de biodiversidade do mundo face a atitude labirintica dos representantes de Brasilia face ao assunto".
Em terra de cego quem tem olho e REI. Imagine se tiver os dois!
393000 hectares is about 1/23 of continental Portugal's surface (92000 square Km). It is a huge chunk of Mozambique land...
ResponderEliminarPois.
ResponderEliminarMas quando aqui comentei a propósito da viagem a Portugal da Dra. L. Diogo, escreveram logo que eu estava a brincar com coisas sérias, lembram?
Aí está a factura para conferirem.
E a propósito dos "caliptos" também escrevi, lembram?
Tomem lá.
E ainda vem mais.
É-só-esperar, deixa-andar, não-faz,...
mas, agora, vão-deixar-fazer!!!
os eucaliptos vão empobrecer ainda mais moçambique. criar mais seca e desertificação. como português a viver em moçambique estou revoltado e com vergonha. a portucel apenas pretende o lucro. e o anterior leitor tem razão. são poluidores dos cursos de água pois usam muitos químicos para produzir o papel. não consigo perceber porque o governo moçambicano se rebaixa tanto a estes grupos económicos e destruidores do que é natural em moçambique?
ResponderEliminarAs contas relativamente à superfície de Portugal talvez estejam exageradas; mas é, indeoendentemente disso uma área imensa. São 3 latifúndios alentejanos de antes do25 de Abril de 1974.
ResponderEliminarMais importante que isso, ocupados pela árvore que mais seca os solos.
Mais importante ainda, diria eu, é uma área que, de tão grande, é certamente ocupada - e, na Zambézia, de forma relativamente densa. As pessoas ou serão expulsas ("realojadas"), ou acabarão por ter que sair, devido ao esgotamento dos solos provocado pelos eucaliptos.
Mas claro que, olhando o assunto de uma mansão e de Maputo, essa gente pobre e "atrasada" é irrelevante.
Quanto à fabricação, existem tecnologias (com custos acrescidos) que podem limitar muitíssimo a poluição.
Mas, mesmo em Portugal, a Portucel sempre conseguiu tornear as coisas e poluir alegremente os rios com aquela sua espuma espessa, esbranquiçada e muito mal-cheirosa.
Se o faz no Portigal-da-União-Europeia, mais facilmente o fará em Moçambique, com o beneplácito de quem de direito...
Aos eucaliptos secadores de terra juntar-se-á, assim, o envenenamento das águas a jusante.
Se se quer (conforme parece) expulsar os camponeses das zonas aluviais do Zambeze, aí está mais um trunfo: elas tornar-se-ão cada vez mais impraticáveis para a agricultura.
Por isso, o meu comentário é apenas um: assustador e inaceitável.
Bom, para Moçambicano interessado que quer saber, mesmo:
ResponderEliminar- A área a ocupar, 393 mil hectares, equivale a 26,2 vezes mais que a área cultivada pela antiga SSE (sena sugar estates), actual Companhia de Sena, em Marromeu;
- Já nem falo do Luabo, porque o Luabo foi desconseguido até hoje - ver Portal de Sena e também aqui reproduzido, neste blogue.
Agora, quem nunca esteve DENTRO de uma plantação de "caliptos", nem faz ideia do que é.
Vou procurar transmitir:
- Não se vê 1 só ave, 1 só vôo de ave, 1 só pequeno animalzinho - só se ouve, quando está vento - o sussurar das folhas, e ramos dos "caliptos"!!!
Os cemitérios têm muito mais vida, mesmo os de cá, de Portugal - porque os do Luabo, Caoxe, Inhangombe, Baoaze, Chimbazo,...pululavam de vida animal.
Mas isto, sou eu a falar...