Outros elos pessoais

10 dezembro 2009

Lançamento amanhã, Hotel VIP, 16:30 horas


É completamente masculino o mundo que, até agora, entre nós, tem publicado livros sobre a luta armada de libertação nacional. Mas não só: mundo também muito político, quase só político. O livro aqui em causa é diferente: marido e mulher falam de si, trazem vida e ternura e intimidade para nós, no interior da luta, do processo. Da apresentação da obra a ser lançada amanhã, Hotel VIP, 17 horas, cidade de Maputo: "A obra “Vida do casal Pachinuapa” descreve o percurso individual e colectivo do casal Pachinuapa. Trata-se de uma descrição simples e profunda, acrescida de uma espantosa precisão narrativa espacial e temporal da vida íntima do casal. Na obra “Vida do casal Pachinuapa” é possível encontrar a descrição de momentos privados vividos e partilhados pelo casal Pachinuapa, começando pela educação e ensinamentos recebidos pelos pais, a adolescência, o namoro e o casamento. A obra contém parte das palavras que Raimundo Pachinuapa proferiu quando se declarou à sua namorada Marina, a prenda de casamento que os seus camaradas de armas decidiram oferecer ao novo casal entre outras revelações. Apesar da obra pretender revelar o lado íntimo, familiar e pessoal dos autores, a mesma acaba por ser mais um rico contributo daquilo que foi o processo da Luta de Libertação Nacional uma vez que os autores da obra apresentam revelações vividas e na primeira pessoa. Como irão notar, para os que forem a ler a obra, a juventude dos autores está directamente ligada ao processo de formação da Frente de Libertação de Moçambique, sendo deste modo difícil falar da vida íntima e familiar do casal Pachinuapa sem se referir à história de Moçambique, particularmente no que toca à Luta de Libertação Nacional."
(fim)

5 comentários:

  1. Pachinuapa e conhecido pelo seu equilibrio e sentido de justica. Uma virtude! Lembro-me que quando vi a serie "A Guerra" do jornalista Joaquim Furtado, da RPT, uma das pessoas que prestou depoimento (e que na altura era considerado reaccionario) disse que escapou ao fuzilamento da Frelimo gracas a alerta dada pelo Raimundo Pachinuapa. E mais, deu-lhe proteccao ate conseguir fugir de uma morte certa.
    Homens justos merecem louvores. Bem haja este casal de combatentes e de justiceiros.

    Torres

    ResponderEliminar
  2. Como gostaria de ler este romance...

    ResponderEliminar
  3. Ja agora (se ele nao for avesso a internet), bem gostaria que o "camarada" Marcelino do Santos publicasse finalmente as suas memorias.

    Posso imaginar o que isso seria.

    ResponderEliminar
  4. Para mim, já as "amnésias" seriam muito mais importantes.

    As "amnésias"!

    ResponderEliminar
  5. vou comprar o livro!
    gostaria de saber mais como eram os casamentos na altura.
    camarada mulher camarda marido
    e camaradas mais camaradas

    ResponderEliminar

Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.