Sonhadores, os sociólogos sempre procuraram duas coisas: as leis do social e a reforma das sociedades. Cá por mim busco bem pouco: tirar a casca dos fenómenos e tentar perceber a alma dos gomos sociais sem esquecer que o mais difícil é compreender a casca. Aqui encontrareis um pouco de tudo: sociologia (em especial uma sociologia de intervenção rápida), filosofia, dia-a-dia, profundidade, superficialidade, ironia, poesia, fragilidade, força, mito, desnudamento de mitos, emoção e razão.
Outros elos pessoais
26 dezembro 2009
(148) 26/12/09
1 comentário:
Seja bem-vinda (o) ao blogue "Diário de um sociólogo"! Por favor, sugira outras maneiras de analisar os fenómenos, corrija, dê pistas, indique portais, fontes, autores, etc. Não ofenda, não insulte, não ameace, não seja obsceno, não seja grosseiro, não seja arrogante, abdique dos ataques pessoais, de atentados ao bom nome, do diz-que-diz, de acusações não provadas e de generalizações abusivas, evite a propaganda, a frivolidade e a linguagem panfletária, não se desdobre em pseudónimos, no anonimato protector e provocador, não se apoie nos "perfis indisponíveis", nas perguntas mal-intencionadas, procure absolutamente identificar-se. Recuse o "ouvi dizer que..." ou "consta-me que..."Não serão tolerados comentários do tipo "A roubou o município", "B é corrupto", "O partido A está cheio de malandros", "Esta gente só sabe roubar". Serão rejeitados comentários e textos racistas, sexistas, xenófobos, etnicistas, homófobos e de intolerância religiosa. Será absolutamente recusado todo o tipo de apelos à violência. Quem quiser respostas a comentários ou quem quiser um esclarecimento, deve identificar-se plenamente, caso contrário não responderei nem esclarecerei. Fixe as regras do jogo: se você é livre de escrever o que quiser e quando quiser, eu sou livre de recusar a publicação; e se o comentário for publicado, não significa que estou de acordo com ele. Se estiver insatisfeito, boa ideia é você criar o seu blogue. Democraticamente: muito obrigado pela compreensão.
O sr. Jeque é um dos muitos políticos falhados da gesta de 1994, que malograram na sua tentativa de fazer "oposição" diversionista e elitista.
ResponderEliminarUm grande "opositor" do regime, que sempre foi muito bem recebido em Luanda, onde por algum tempo trabalhou na Banca.
Penso que é um erro comparar a UD ao MDM, se ainda estivermos lembrados das circunstâncias com que muitos dos votos foram parar À UD em 1994(posicionamento no boletim de Voto) rapidamente se concluiria que a UD deixaria de existir no pleito seguinte. O que efectivamente aconteceu. Lembro-me, nomeadamente, do slogan "Vote no primeiro..." que promovia indiscriminadamente nas legislativas a UD e nas presidenciais um candidato presidenciável. Não me lembro bem agora se foi o Vencedor, mas isso está documentado.
Ora, com o MDM, percebe-se algo bastante diferente. Se Jeque não nota, eu percebo. O eleitorado urbano, sobretudo nas maiores cidades do país, já não é incapturável. E isso tenderá a acentuar-se, porque a FRELIMO não será capaz se purificar a todos o níveis.
Porque não se pode pedir aos promotores da sujeira para serem os maiores defensores da limpeza. É um contrasenso.
Independentemente da Síndrome de Estocolmo se ter instalado neste país e ditar o modo como nos posicionamos intelectualmente na sociedade.
Possivelmente, o eleitorado fora das grandes urbes ainda seja (e muito) capturável. Mas a FRELIMO também trabalha para isso, com base, na própria experiência Renamista de controlar aquela população. Sete milhões de meticais + demagogia e alguns pássaros de ferro ruidosos, impressionam muito mais do que um líder desacreditado e com ameaças sazonais de "guerra", num permanente disse que não disse, que haveria dito, o que não tinha dito que disse.
E assim deverá sê-lo por muitos e longos anos, porque a RENAMO, está acabada. E a única recordação possível que se tem dela é uma guerra, a qual, já terá muito pouca capacidade de fazê-la, sendo que, infelizmente para muitos, a inflexão disto só sucederá depois de Dhlakama desaparecer fisicamente, o que não se espera para breve.
Não se enganem os politólogos part-time, como o sr. Jeque, pois representa hoje o MDM, maior ameaça à dialéctica da FRELIMO, do que a RENAMO alguma vez o foi. Porque a FRELIMO perde cada vez mais intelectuais. Em seu lugar, temos visto a ascenção de tecnocratas e situacionistas. Os verdadeiros intelectuais da Frelimo, ainda são os da geração libertária, que não se renova nunca mais. Alguém se lembra do que sucedeu a Hélder Muteia? E a RENAMO nunca os teve em quantidade e qualidade de rivalizar com o poder instituído, situação que a FRELIMO sempre tentou preservar.
A história da Humanidade mostra-nos que são os intelectuais quem desencadeia processos fracturantes. As massas, são apenas um instrumento conduzido por ela.
Penso que todos sabem de que é que estou a falar...